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Após reunião com direção de construtora, sem-teto liberam prédio

Integrantes do MTST ocupam hall de entrada do prédio onde funciona a construtora Viver, na Vila Olímpia - Joel Silva/Folhapress
Integrantes do MTST ocupam hall de entrada do prédio onde funciona a construtora Viver, na Vila Olímpia Imagem: Joel Silva/Folhapress

Camila Maciel

Da Agência Brasil, em São Paulo

20/05/2014 17h26

O protesto dos integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que ocuparam o prédio da Viver Incorporadora e Construtora, no bairro Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo, terminou por volta das 15h30, após uma comissão ter sido recebida pela diretoria da empresa. De acordo com o MTST, eles acertaram uma reunião com a presidência da construtora para amanhã à tarde. “Eles mostraram que estão dispostos a negociar”, avaliou Josué Rocha, integrante do movimento.

A empresa é proprietária do terreno que foi ocupado por cerca de 2,5 mil famílias, no início deste mês, as quais formaram o acampamento Copa do Mundo. Por meio de nota, ela informou que já tomou as providências cabíveis e que só irá se pronunciar no próximo dia 23, durante audiência definida pela Justiça. A construtora não comentou a ocupação ocorrida hoje. A proposta dos trabalhadores sem teto é que seja desenvolvida uma proposta de projeto habitacional para a área.

No dia 7, o juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível de Itaquera, concedeu uma liminar determinando o fim da ocupação Copa do Povo. A decisão atendeu à ação de reintegração de posse movida pela Viver. O terreno tem cerca de 150 mil metros quadrados. A medida, no entanto, ainda não foi cumprida, pois o juiz propôs uma audiência de mediação.

Há duas semanas, o MTST, junto com outros movimento sociais que formam o coletivo Resistência Urbana, iniciaram uma série de manifestações que devem ocorrer até a Copa do Mundo. O primeiro ato ocorreu no dia 8, com a ocupação de três construtoras que receberam recursos para a construção dos estádios da Copa. Na semana passada, seis avenidas de São Paulo foram interditadas para cobrar moradia e outros direitos sociais. Os grupos prometem pelo menos um protesto por semana.