MP denuncia 62 suspeitos de participar de ataques contra ônibus em SC
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) denunciou, na noite desta quinta-feira (23), 62 pessoas suspeitas de integrar organização criminosa e de se associar ao tráfico de drogas. Segundo o promotor de Justiça Alexandre Graziotin, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) estadual, todos os denunciados estavam envolvidos – muitos deles, diretamente - com a onda de ataques a ônibus, postos policiais e agentes públicos que alarmou a população no segundo semestre de 2014.
O MP pediu a prisão preventiva de todos os 62 denunciados, sendo que 41 deles já estão detidos. A prisão preventiva, segundo Graziotin, é necessária para evitar que os denunciados sejam soltos, colocando em risco a segurança pública no Estado. Como o processo corre em segredo de Justiça, os nomes dos denunciados e detalhes do pedido não foram divulgados.
Com base nas informações coletadas durante as investigações, o MP afirma haver indícios de que a facção criminosa que os denunciados integravam tem ligações com organizações criminosas que atuam em outros Estados, como São Paulo.
Além da prisão preventiva, o MP também pediu à Justiça estadual que as informações coletadas nos processos relativos à quarta onda de ataques sejam compartilhadas com outros dez processos em andamento no Estado. Desta forma, será possível avaliar outras responsabilidades dos autores nos crimes praticados em 2014. Em outubro de 2014, a Polícia Civil já havia indiciado 80 pessoas apontadas como mandantes dos ataques.
Entre os dias 26 de setembro e o final de outubro, foram registrados mais de 110 ataques relacionados à onda de crimes deflagrada por facções criminosas que atuam nos presídios catarinenses. Os atentados foram praticados em várias cidades. Para auxiliar as forças policiais locais, tropas da Força Nacional de Segurança foram deslocadas para o Estado no início de outubro. Dezenas de presos foram transferidos de estabelecimentos carcerários estaduais para as penitenciárias federais de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e de Porto Velho, em Rondônia.
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