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Perícia mostra que armas da chacina são usadas por polícia e Forças Armadas

Cena de um dos crimes em Osasco, na Grande São Paulo - Avener Prado/Folhapress
Cena de um dos crimes em Osasco, na Grande São Paulo Imagem: Avener Prado/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

15/08/2015 16h02Atualizada em 15/08/2015 21h23

Os laudos parciais do Instituto de Criminalística confirmaram que estojos e projéteis encontrados nos locais da chacina desta quinta-feira (13) pertencem a armas de calibre 38, .380, 9 mm e 45. A informação foi confirmada na tarde deste sábado (15), por meio de nota, pela SSP. Mais cedo, foi anunciado que a polícia e o Ministério Público Estadual trabalharão em conjunto nas investigações.

As duas primeiras não são de uso restrito, e são utilizadas pela Guarda Civil Metropolitana. A 9 mm é de uso restrito e exclusivo das Forças Armadas e da Polícia Federal. Nenhuma dessas armas é usada em serviço pela Polícia Militar, que utiliza apenas a .40, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado.

A calibre .45 é de uso restrito; pode ser comprada por policiais rodoviários e ferroviários federais, policiais civis, policiais e bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal para uso pessoal, mas não pode ser usada a trabalho.

A secretaria já identificou o uso de pelo menos dois carros e uma moto nos ataques, que resultaram em 18 mortes em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo

Três pessoas morreram em Barueri e 15 em Osasco. Esta é a maior chacina do ano em São Paulo, segundo o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado.

Ele disse que ainda não é possível apontar a motivação dos crimes e que a polícia não descarta nenhuma hipótese. Uma delas é que os crimes tenham sido cometidos por vingança pela morte de um policial militar e de um guarda. Esta seria a principal linha de investigação, inclusive com a suspeita de participação de policiais militares.

Todos os mortos foram identificados. Doze não possuíam antecedentes criminais. Dos seis que tinham passagem, somente um teve envolvimento com o tráfico de drogas. “Não há ligação entre as vítimas”, afirmou o secretário.

Vingança por morte de policiais é principal linha de investigação