"Não deixaram socorrer", diz tia de um dos jovens mortos por PMs no Rio
A tia de Wilton Esteves Domingos Júnior, 20, morto por quatro policiais militares em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou nesta segunda-feira (30), durante o enterro do jovem, que espera por justiça. “Acabaram com a nossa vida. Será que esses policiais não têm filhos, não têm mãe? Eles não deixaram socorrer", disse Érica Esteves Domingos.
Na madrugada de domingo (29), Júnior estava em um Palio branco com outros quatro amigos --Roberto de Souza Penha, 16, Wesley Castro Rodrigues, 25, Cleiton Corrêa de Souza, 18, e Carlos Eduardo da Silva de Souza, 16—quando o veículo foi atingido por mais de 50 tiros de fuzil.
Os rapazes haviam saído para comemorar o primeiro salário recebido por um deles. As famílias dos jovens decidiram entrar na Justiça com ação conjunta contra o Estado. Os corpos foram enterrados no Cemitério de Irajá.
"Se o meu filho tivesse matado um policial, ele estaria preso [no presídio] em Bangu. Eu quero eles presos em Bangu e não no quartel. Só faço um pedido ao [governador Luiz Fernando] Pezão, como presente de Natal: uma coroa de flores para botar no caixão do meu filho", declarou Mônica Aparecida Corrêa, mãe de Cleiton.
Os policiais militares Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos, Antonio Carlos Gonçalves Filho (por homicídio doloso e fraude processual) e Fabio Pizza Oliveira da Silva (apenas por fraude processual) foram presos logo depois do crime e levados para o BEP (Batalhão Especial Prisional), em Niterói, na região metropolitana, na tarde de domingo. O comandante do 41º Batalhão, tenente-coronel Marcos Netto, foi exonerado do cargo pelo Comando da PM.
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