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Em 4º ato contra aumento das tarifas em SP, MPL promete fazer duas marchas

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 06h00Atualizada em 19/01/2016 18h14

O MPL (Movimento Passe Livre) vai promover nesta terça-feira (19), às 17h, o 4º grande ato contra o aumento das tarifas de transporte coletivo em São Paulo. O ponto inicial da manifestação será na esquina das avenidas Faria Lima e Rebouças, na zona oeste da cidade.

Na manhã de hoje, o movimento divulgou os trajetos que pretende fazer. Eles vão se dividir em dois grupos: um seguirá até a prefeitura, no centro, e outro irá até a sede do governo estadual, no bairro do Morumbi.

Uma passeata seguirá pelo sentido centro da avenida Rebouças e depois passará pelas avenidas Paulista e Nove de Julho, viaduto dr. Eusébio Stevaux e ruas Riachuelo e dr. Falcão Filho até chegar ao viaduto no Chá, em frente à prefeitura.

Na outra, os manifestantes caminharão pelas avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, ponte Cidade Jardim, avenida dos Tajurás, engenheiro Oscar Americano e Morumbi até chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

"Nós queremos ouvir o que as secretarias de Transporte têm a dizer sobre o assunto. A prefeitura e o governo se recusam a dialogar sobre o reajuste da tarifa", disse Laura Viana, porta-voz do MPL. A organização realizou nesta segunda-feira (18) dois "protestos-relâmpagos" nos terminais Dom Pedro 2º (centro) e Butantã (zona oeste).

Realizadas na quinta-feira (14), as duas últimas passeatas não registraram confrontos entre policiais militares e manifestantes, ao contrário do que ocorreu nas duas primeiras.

Em nota divulgada na tarde de hoje, a Secretaria da Segurança Pública, vinculada ao governo estadual, lamentou que as rotas dos protestos tenham sido divulgadas "com poucas horas de antecedência, o que prejudica a população de São Paulo, que não terá tempo hábil para se reorganizar e evitar as áreas ocupadas pelos manifestantes".

A secretaria prometeu, porém, "providenciar a segurança no trajeto das duas manifestações para garantir a tranquilidade da população paulistana" e afirmou ter pedido à Prefeitura de São Paulo "a alteração nas linhas do transporte público, o recolhimento do lixo e de entulho em caçambas das ruas" que fazem parte dos trajetos.

Sem teto também vão protestar

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) marcou dois protestos simultâneos contra o aumento da tarifa, com início marcado para o mesmo horário da manifestação do MPL. As concentrações serão no Metrô Itaquera (zona leste) e no Metrô Capão Redondo (zona sul). 

"Esta é uma pauta que toca diretamente o povo que se organiza no MTST e nos movimentos populares da periferia. O povo da periferia é o mais afetado pelo aumento da passagem e pela qualidade do transporte público", afirmou o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, ao jornal Estado de S. Paulo.