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Barragem rompe e rejeito vaza para rio Paraíba do Sul, em SP

Lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa - Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo
Lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa Imagem: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/02/2016 14h16

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) colheu neste sábado (6) amostras de água da lagoa de mineração em Jacareí (SP), onde uma barreira rompeu-se na sexta (5), lançando resíduos de areia no rio Paraíba do Sul, manancial que abastece cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O material foi enviado a um laboratório de Taubaté (SP) para análise, mas ainda não há previsão para divulgação do resultado. O abastecimento de água em São José dos Campos (SP) foi afetado.

O lançamento de rejeitos aconteceu durante atividade de extração da mineradora Rolando Comércio de Areia em uma cava de areia próxima ao rio. A empresa depositava, irregularmente, os rejeitos na cava da Meia Lua 1, de outra mineradora, que está com as atividades paralisadas e em processo de renovação de licença.

O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que resultou no rompimento da estrutura. Não houve feridos no local. 

Segundo a Cetesb, até o momento, não foi possível estimar a quantidade de resíduo vazada. O lançamento, no entanto, provocou a alteração da qualidade das águas do Paraíba do Sul, constatada visualmente, além da alteração dos parâmetros de turbidez.

Por enquanto, a mortandade de peixes ainda não foi constatada.

A fiscalização dos portos de areia da região cabe à Cetesb, que determinou à Rolando Comércio de Areia a recuperação da área para conter o vazamento.

Por já ter sido multada por descumprir a legislação municipal, a multa para a empresa responsável pelo funcionamento da mineradora desta vez foi dobrada: R$ 11.760. A penalização por despejar rejeitos na cava da mineradora paralisada deve ser fixada pela Companhia Ambiental na quarta-feira (10).

A Rolando Comércio de Areia foi procurada para comentar o caso, mas os telefones não atenderam. (Com Agência Brasil)