Recompensa por denúncia que levou a prisão de agressor poderá ser paga, diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (29) que o governo do Estado poderá pagar a recompensa de R$ 50 mil pela informação que levou à prisão de Alípio Belo dos Santos, 26. Ele foi preso ontem em Itaquera, zona leste da cidade, pelo espancamento e morte do ambulante Luiz Carlos Ruas, 54, no último domingo (25), na estação de metrô Pedro 2º.
A recompensa havia sido proposta pela Secretaria de Segurança Pública em resolução publicada ontem no Diário Oficial. Após a prisão, o delegado Osvaldo Nico chegou a afirmar que Santos foi localizado com a ajuda de uma denúncia anônima via e-mail, mas, horas depois, a secretaria informou que a iniciativa só teria validade se formulada via sistema WebDenúncia, por intermédio do site da pasta.
Hoje, em cerimônia de entrega de 126 moradias de interesse social via PPP (Parceria Público Privada) em parceria com a prefeitura, Alckmin declarou que a recompensa poderá ser paga "independentemente da forma [como ela foi feita]".
"Será dada [a recompensa]. A secretaria precisa só checar se foi essa informação que levou à prisão", disse o governador.
Minutos depois da fala do governador, Mario Vendrell, gerente do Instituto São Paulo Contra a Violência --que gerencia o WebDenúncia em parceria com a SSP--, confirmou que não foi recebida nenhuma denúncia que fosse determinante para a prisão do acusado por meio dessa ferramenta.
"Eu não sei como ele [Alckmin] vai pagar, porque o sistema de pagamento de recompensa é complexo, para que se mantenha o anonimato do denunciante e o sigilo da informação. Ela só pode ser feita pelo WebDenúncia. Disque-Denúncia e Polícia Civil não entram no programa, porque não podem garantir o anonimato da pessoa se ela tiver que receber um cartão virtual e uma senha para sacar o dinheiro", disse Vendrell ao UOL.
Se confirmada, será a primeira vez que o Programa de Recompensas da SSP, criado em 2014, pagará uma retribuição por uma denúncia, de acordo com o instituto.
"É um caso inimaginável", diz Alckmin sobre segurança
O tucano ainda expressou "solidariedade" à família de Ruas, mas, indagado se o Metrô falhou na segurança --não havia um único agente de segurança na Pedro 2º, no momento do crime, como admitiu a própria empresa--, esquivou-se.
"Não consigo dar uma resposta precisa, temos mais de mil seguranças no metrô. É um caso inimaginável, né, criminosos baterem até matar um vendedor", encerrou.
Santos e o primo, Ricardo do Nascimento, 21, que também participou do espancamento e morte do ambulante, estão presos temporariamente no 77 DP (Distrito Policial), na Santa Cecília.
A Delpom (Delegacia do Metropolitano), onde o inquérito foi instaurado, deve pedir ainda esta semana a conversão das prisões para preventivas, sem prazo de validade.
À Delpom, os primos disseram ontem que agiram sob efeito de bebida alcoólica e depois de Ruas ter atingido Santos com uma garrafada.
Para a polícia, com base no relato de testemunhas, o ambulante foi espancado até a morte porque interveio no ataque dos jovens a uma travesti moradora de rua nas imediações da estação.
A dupla será indicada pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal.
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