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PM faz revista em presídio de massacre em Manaus e encontra celulares e armas brancas

Revista encontrou celulares e outros objetos no Compaj, em Manaus - Divulgação/Secom
Revista encontrou celulares e outros objetos no Compaj, em Manaus Imagem: Divulgação/Secom

Do UOL, em São Paulo

22/01/2017 22h01Atualizada em 22/01/2017 22h02

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e a Polícia Militar do Amazonas realizaram uma revista no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, na manhã deste domingo (22). No começo do ano, uma rebelião na unidade prisional terminou com 56 presos mortos.

Na ação de hoje, foram apreendidos 26 celulares, 15 baterias, além de facas, tesouras, alicates, munição e um serrote.

Segundo o secretário de Administração Penitenciária, tenente-coronel Cleitman Coelho, o objetivo das revistas é intensificar a fiscalização e a retirada de materiais ilícitos. “Precisamos promover ações como essa para restabelecer a ordem e disciplina dentro das unidades prisionais. Os objetos que retiramos não são permitidos e nas mãos dos internos se tornam ferramentas para desestabilizar o sistema", afirmou.

De acordo com o governo do Estado, as revistas no sistema prisional este ano tiveram início no dia 5 de janeiro na UPP (Unidade Prisional do Puraquequara), na capital amazonense. O regime fechado do Compaj passou pelo procedimento no dia 6, e o regime semiaberto do complexo passou por revista no dia 10.

Massacre

Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2 deste ano. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil --em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns, e 184 homens conseguiram fugir. 

Outros quatro presos foram mortos no Ipat (Instituto Penal Antonio Trindade), também em Manaus --totalizando 60 mortes. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte para eliminar integrantes do grupo rival, o PCC (Primeiro Comando da Capital). (Com Estadão Conteúdo)