Metroviários de São Paulo decidem não fazer greve na sexta
Os metroviários decidiram na noite desta quinta-feira (4) cancelar a greve prevista para esta sexta-feira (5).
A categoria mudou de posição, após uma decisão liminar da Justiça adiar por 90 dias o aumento da jornada de trabalho que está sendo implantado pelo Metrô.
Segundo o sindicato, o Metrô quer ampliar a jornada de trabalho, de forma unilateral, prejudicando a escala de vários funcionários. Na terça-feira (2), os metroviários aprovaram em assembleia uma paralisação.
"Apesar de declarar que é favorável à intrajornada de meia hora, o Metrô está implantando o intervalo de uma hora de forma autoritária, aumentando a jornada e provocando muitos transtornos aos metroviários", declarou o sindicato em nota.
Em nota, o Metrô afirmou que "conta com a sensibilidade e o bom senso do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo no sentido de evitar mais transtornos à população".
Essa seria a terceira vez no ano que a cidade de São Paulo ficaria sem metrô. As duas primeiras tiveram relação com protestos contra as reformas previdenciária e trabalhista, propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Tanto em 15 de março quanto em 28 de abril, todas as estações --com exceção das da linha 4-amarela, operada pela iniciativa privada-- amanheceram fechadas. O serviço foi parcialmente restabelecido, nas duas ocasiões, paulatinamente ao logo do dia, porque passou a operar por meio de uma força-tarefa nas estações da área central da cidade.
O Metrô de São Paulo tem cerca de 9.200 funcionários, sendo que dois terços deles estão diretamente envolvidos na operação dos trens e estações. Em média, 3,7 milhões de pessoas são transportadas por dia.
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