Vítima de estupro coletivo, menina ficou uma hora em poder de 5 criminosos, diz delegada
A menina de 12 anos vítima de um estupro coletivo na Baixada Fluminense ficou cerca de uma hora em poder dos estupradores. A delegada-titular da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), Juliana Emerique, disse nesta segunda-feira (8) que a unidade trabalha com a hipótese de serem pelos menos cinco autores e quatro deles identificados - três deles seriam adolescentes.
"Temos que dar proteção integral à vítima, não posso dar detalhes", afirmou a delegada.
A menina foi atendida durante toda a segunda-feira no Caac (Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança), onde deu depoimento por meio de uma entrevista especial - feita com policial treinado para essa circunstância-, fez exame de corpo de delito e tomou coquetéis para evitar o contágio de DSTs.
O crime foi filmado pelos autores, e o vídeo compartilhado pelo WhatsApp e pelo Facebook.
"Ela (vítima) não esperava a dimensão que teve (o compartilhamento do vídeo). Em nenhum momento ela deu anuência, mas pela idade dela é estupro de vulnerável. (...) Ela está abalada, como uma adolescente, mas está firme (...). É muito ruim ter julgamento de sua comunidade, ela relata isso" disse a delegada, que não explicou a dinâmica do crime para não atrapalhar as investigações, mas adiantou como a vítima foi parar na situação do crime.
"Ela falou que ia se encontrar com uma pessoa, pode ser uma amiga, mais não podemos falar", acrescentou.
Segundo a delegada, a investigação está avançada. "Também estamos com um grupo de pesquisa para observar Facebook, redes sociais, para ver o que estão comentando a respeito e ver se há algum tipo de ameaça a essa vítima."
A titular da Dcav alertou que quem divulgar o vídeo do crime, se identificado, pode ser responsabilizado criminalmente, com pena de reclusão de três a seis anos, em caso de condenação. Quem for identificado com vídeo pornográfico no celular ou no computador envolvendo menor de idade pode responder por crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, com reclusão prevista de um a quatro anos.
A delegada disse que a direção do Facebook procurou a Dcav e informou que vai tirar o vídeo do ar.
"A DRCI (Delegacias de Repressão de Crimes de Informática) está trabalhando para identificar quem compartilha o vídeo", afirmou Juliana. Segundo a delegada, após ouvir a vítima a polícia trabalha com outra data para o crime. "Foi há cerca de três semanas, pelo que ela falou. Dia 30 de abril foi a divulgação do vídeo", explicou.
A menina e a família dela entraram no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. Eles serão encaminhados para um local sigiloso e receberão assistência jurídica, social e psicológica.
O crime começou a ser investigado na última sexta-feira (5) depois que uma tia da menina levou o caso à Dcav. O crime foi gravado pelos agressores e postado no Facebook. No vídeo, quatro homens mantêm relação sexual com a garota, além da pessoa que grava as cenas. A delegada informou que o crime ocorreu na semana passada em um município da Baixada Fluminense.
Os pais da vítima também prestarão depoimento, além de uma tia que acompanhou a menina pela manhã até a Dcav.
(*Com informações da Agência Brasil)
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