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Dois jovens são atingidos por bala perdida no Rio; 7 favelas registram tiroteio

25.abr.2017 - Moradores do Conjunto de Favelas do Alemão fazem protesto contra a violência - Betinho Casas Novas/Futura Press/Estadão Conteúdo
25.abr.2017 - Moradores do Conjunto de Favelas do Alemão fazem protesto contra a violência Imagem: Betinho Casas Novas/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

22/09/2017 15h30Atualizada em 22/09/2017 16h22

Um aluno da rede pública do Estado foi atingido por uma bala perdida na manhã desta sexta-feira (22) no pátio do Centro de Atenção Integral à Criança, Theóphilo de Souza Pinto, no Rio. A unidade fica no Complexo do Alemão, na zona norte da capital. Lenilson Santos, 18, foi baleado na coxa direita e levado para UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, o aluno já recebeu alta. Procurada, a UPP informou que não houve registro de confrontos na região onde o estudante foi ferido, mas na região da Fazendinha, do outro lado na comunidade. Policiais da UPP foram atacados na região conhecida como "zona do medo". Houve confronto, mas a situação no momento está tranquila, de acordo com a polícia.

Além de confrontos no Alemão, houve registros de tiros hoje em outras seis favelas: Rocinha, Dona Morta, Chapéu Mangueira, Maré, Jorge Turco e Palmirinha.

Na favela Nova Holanda, no omplexo da Maré,  uma adolescente de 16 anos, foi atingida por estilhaços de bala no momento em que seguia para o colégio. Ela teve ferimentos no peito e  recebeu o primeiro atendimento na UPA da Maré. Em seguida ,a adolescente foi levada para o Hospital Estadual Getúlio  Vargas, na Penha e foi liberada.

A situação mais tensa ocorre na favela da Rocinha, em São Conrado, na zona Sul do Rio. Este é o quinto dia de operação policial na comunidade que foi invadida no último domingo (17) por bandidos que tentam assumir o controle do tráfico de drogas na região.

Nesta sexta, o governo do Rio pediu apoio do Exército para cercar a comunidade. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou que 950 homens das Forças Armadas serão deslocados para a comunidade. O cerco à favela deve ocorrer ainda hoje. O efetivo ainda pode aumentar.

Devido aos confrontos, quase 4.000 alunos ficaram sem aulas nesta sexta. Seis escolas, quatro creches e três Espaços de Desenvolvimento Infantil não abriram as portas. Os mais prejudicados foram os alunos da Rocinha – são 2.489 estudante sem aula.

A base da UPP, localizada na Rua 2 da comunidade, chegou a ser atacada e um morador foi ferido durante confronto. Ele foi levado para o hospital municipal Miguel Couto e ainda não há informações sobre seu estado de saúde.

Homens do Bope, do Choque, da UPP e do 23º BPM ocupam a região. Policiais de outras UPPs e do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos dão apoio. Um veículo blindado foi utilizado. O espaço área na zona sul foi limitado.