Bando de Nem comemorou prisão de Rogério 157 com disparos na Rocinha, diz secretário
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, negou nesta quarta-feira (6) ocorrência de confronto na favela da Rocinha, na zona sul carioca, após a prisão do chefe do tráfico na comunidade, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.
Segundo ele, os disparos ouvidos na região teriam sido efetuados por criminosos do bando rival, ligado a Antônio Bonfim Lopes, o Nem, como forma de comemoração.
"A informação que eu tenho é que não houve conflito. São pessoas que fazem parte do grupo criminoso rival e que estavam comemorando a prisão do Rogério 157", afirmou.
Nesta manhã, após a notícia da captura do criminoso mais procurado do Estado, moradores da Rocinha relataram em redes sociais e em grupos do WhatsApp um intenso tiroteio na comunidade.
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Também foram registrados disparos no entorno da Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde estão situadas as delegacias especializadas da Polícia Civil --local para onde Rogério foi levado, autuado e teve oportunidade de prestar depoimento.
O coronel Lúcio Flávio Baracho de Souza, chefe do Estado Maior Geral da PM, afirmou que, por enquanto, o patrulhamento na Rocinha não será alterado. Cerca de 500 homens compõem o efetivo de segurança na comunidade. Ele ressaltou, no entanto, que a prisão de Rogério 157 deve abrir espaço para a escolha de um novo chefe do narcotráfico na região.
Segundo o delegado Gabriel Ferrando, que coordenou a investigação que levou à prisão do traficante, as equipes estavam mapeando a movimentação de Rogério 157 desde a sua fuga da Rocinha. O criminoso se revezava entre comunidades do Comando Vermelho, facção para a qual ele migrou após ficar isolado no ADA (Amigos dos Amigos), e adotou técnicas de camuflagem para não ser reconhecido. Teria, inclusive, tentado mudar sua fisionomia, com corte de cabelo, roupas e outras intervenções.
"Os planetas se alinharam e as informações foram muito precisas. (...) Mobilizamos na operação policiais que já conheciam a sua fisionomia. Eles prontamente o reconheceram e ele não ofereceu resistência", explicou.
Ferrando disse ainda que, após receber voz de prisão, Rogério 157 tentou subornar os policiais. "De certa forma, ele tentou dizer que a nossa vida estaria resolvida. Não chegou a oferecer, mas a ousadia é tanta que ele chegou a insinuar que a nossa vida estaria resolvida."
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