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Preso no Paraguai chefe do tráfico de favela do RJ apontado como o maior fornecedor de armas do CV

Piloto - Divulgação/Disque-Denúncia - Divulgação/Disque-Denúncia
Recompensa já estava em R$ 10 mil
Imagem: Divulgação/Disque-Denúncia

Do UOL, no Rio

13/12/2017 10h53Atualizada em 13/12/2017 15h57

A polícia do Paraguai, em ação conjunta com a Polícia Federal e o setor de inteligência da Seseg (Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro), prendeu na manhã desta quarta-feira (13) Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, apontado como chefe do tráfico de drogas do Complexo de Manguinhos, na zona norte carioca.

De acordo com a Seseg, Piloto, um dos líderes do CV (Comando Vermelho), é "o maior fornecedor de armas, munições e explosivos da facção criminosa". Na versão da secretaria, a prisão dele é "um grande golpe no crime organizado atuante no Rio de Janeiro".

O suspeito foi localizado e detido na cidade de Encarnación, situada a cerca de 360 km da capital Assunção.

O criminoso estava escondido há anos no Paraguai, e a captura só foi possível com a colaboração da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), da DEA (Agência Antidrogas Americana) e da Polícia Nacional do Paraguai.

Piloto possui uma extensa ficha criminal, que inclui acusações de homicídio, tráfico e associação para o tráfico de drogas, latrocínio e roubos.

De acordo com o Portal dos Procurados, ele fez parte do grupo criminoso que protagonizou o resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, em 2012. Na ocasião, um bando de dez homens fortemente armados invadiu a 25ª Delegacia de Polícia, no Engenho Novo, na zona norte do Rio, para retirar o suspeito do local.

Além de chefiar as bocas de fumo na região de Manguinhos, Piloto também já foi investigado por envolvimento em um esquema de compra ilegal de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida.

Ainda segundo o Portal dos Procurados, Piloto, também conhecido como Celo, foi preso pela primeira vez em 1998. Em 2007, seis dias após ganhar da Justiça o benefício do regime semiaberto, ele fugiu do Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, na região metropolitana. Desde então, era considerado foragido. Contra ele havia ao menos 20 mandados de prisão.

Por informações que resultassem na captura do suspeito, o Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 10 mil.