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Crianças usam pedras para atacar Papai Noel que ficou sem doces no interior de SP

Papai Noel voluntário teve que fugir de um grupo de crianças que o atacou com pedras - Divulgação
Papai Noel voluntário teve que fugir de um grupo de crianças que o atacou com pedras Imagem: Divulgação

Wanderley Preite Sobrinho

Colaboração para o UOL

13/12/2017 11h21

Um Papai Noel voluntário precisou acelerar o trenó e fugir de um grupo de crianças em Itatiba, a 85 km de São Paulo, no último domingo (10). Os meninos expulsaram o bom velhinho de um bairro da cidade ao descobrirem que os doces que ele distribuía haviam acabado.

O incidente aconteceu no bairro de Porto Seguro, durante uma apresentação do Papai Noel Luizão, dono de uma funerária e que, há anos, oferece balas para as crianças da cidade nesta época do ano.

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Em dezembro, às vésperas do Natal, entre 17h e 18h, o Papai Noel sobe em seu trenó e, com três ajudantes, percorre as ruas do município de 116 mil habitantes. O percurso em Porto Seguro ia bem até que as crianças notaram que não havia mais bala.

“Cerca de sete crianças, de 9 a 12 anos, começaram a correr atrás da gente xingando e arremessando pedras e doces”, contou ao UOL um dos ajudantes de Luizão, que prefere não se identificar. O Papai Noel - que, decepcionado, não fala sobre o episódio - saiu ileso, mas um dos auxiliares quase foi atingido na cabeça.

Papai Noel Luizão, dono de uma funerária, distribui balas há anos em Itatiba (SP) - Divulgação - Divulgação
Papai Noel Luizão, dono de uma funerária, distribui balas há anos em Itatiba (SP)
Imagem: Divulgação

No Facebook, o homem desabafou: “Pessoal do Porto Seguro sem ressentimentos, até o dia 25 de dezembro vamos tentar dar uma passada pela avenida principal”, escreveu. “Infelizmente naquele momento as balas se acabaram! A tradição vem acabando aos poucos.”

A hostilidade no bairro já havia acontecido em anos anteriores. “Porto Seguro ficou quatro anos sem Papai Noel”, disse o ajudante. “Ficamos chocados.”

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Itatiba disse que não foi comunicada sobre a agressão e que é tradição da cidade contar com Papais Noéis voluntários. Eles “percorrem os bairros de forma independente, sem vínculo com a administração”.

Para continuar com o trabalho, os voluntários pedem doação de balas na rua Benjamin Constant, 225, no centro da cidade.