Linhas 1, 2, 3 e 5 do metrô de SP funcionam parcialmente em dia de greve
As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás do metrô de São Paulo funcionam de forma parcial na manhã desta quinta-feira (18) por causa de uma greve dos metroviários aprovada no dia anterior em protesto pela privatização de duas linhas do sistema. As estações abertas estão localizadas na região central da cidade. A linha 4-amarela, que já é privatizada, funciona normalmente. A linha 15-prata (monotrilho) está totalmente parada. As linhas de trem funcionam normalmente e o rodízio de carros foi suspenso.
Confira o funcionamento das linhas:
- Linha 1- azul: da Saúde até à Luz
- Linha 2-verde: da Alto do Ipiranga à Vila Madalena
- Linha 3-vermelha: da Penha à Marechal Deodoro
- Linhas 4-amarela: funciona normalmente
- Linha 5-lilás: da Capão Redondo à Adolfo Pinheiro
- Linha 15-prata: toda paralisada
Em nota, o sindicato dos metroviários disse que "o metrô está sendo operado de forma irresponsável por supervisores que tem treinamento precário para transportar o nosso maior bem, que é a população de São Paulo". Segundo a categoria, 90% dos funcionários do metrô aderiram à paralisação.
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O presidente do Metrô, Paulo Menezes, rebateu a acusação. “Essa operação que está sendo feita hoje é com planejamento prévio sabendo dessa paralisação”, disse em entrevista à Record TV.
Menezes também afirmou que a empresa trabalha para aumentar os trechos das linhas em funcionamento. “Os trechos que estão operando vão ficar até o final do dia”.
Estação Corinthians-Itaquera do trem é liberada
Os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estarão funcionando normalmente. Por volta das 8h30, a companhia informou que a estação Corinthians-Itaquera, da linha 11-Coral, que estava fechada por motivos de segurança, foi aberta para embarque e desembarque.
Já a operação da linha 7-Rubi (Luz – Francisco Morato) será estendida até a estação Brás, para facilitar a transferência na região central.
Rodízio suspenso e Zona Azul liberada
Às 9h30, o trânsito da cidade tinha 82 quilômetros de lentidão, sendo o trecho mais crítico o da marginal Pinheiros, da Cidade Universitária até a rodovia Castello Branco. O congestionamento está um pouco acima da média para o horário vai até 79 km.
O trânsito acima da média é reflexo da paralisação dos metroviários, já que por causa disso a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de carros de passeio (não para caminhões). Com isso, carros com placas finais 7 e 8 podem circular no centro expandido nos horários de pico (das 7 às 10 horas e das 17 às 20 horas). A Zona Azul também foi liberada.
Os pontos de ônibus, principalmente, os que ficam do lado de fora de estações de metrô, ficaram lotados. No da estação Corinthians-Itaquera, na zona leste, por exemplo, era difícil entrar nos ônibus que iam no sentido ao centro de São Paulo ficaram lotados.
A prefeitura informou também que irá estender o itinerário de algumas linhas de ônibus e operar com toda a frota para atender à demanda da população. O secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, afirmou estar com toda a capacidade operacional do sistema de ônibus da cidade em funcionamento, trabalhando durante todo o dia como se fosse horário de pico, mas que "por mais esforço que se faça, não tem como absorver a demanda que vem do metrô"
"Por mais esforço que façamos, o sistema de ônibus não consegue substituir o metrô. O ônibus é o alimentador do metrô. Ao longo do dia, vamos manter a nossa capacidade. Todos os ônibus estão circulando, mas não tem como ir além disso, porque não temos ônibus suficientes para atender à demanda que vem do metrô", disse em entrevista à Rádio CBN ao ser questionar se os usuários sentirão melhora nos ônibus na volta para casa, caso as linhas continuem funcionando parcialmente.
A SPTrans informou que vai vai ter operação especial dos ônibus para manter o acesso à região central e às principais pontes da capital paulista.
Entenda a greve
Os metroviários de São Paulo decidiram fazer greve em protesto contra a privatização das linhas 5-lilás e 17-ouro, marcada para ocorrer na sexta-feira (19).
Entre os itens questionados pelos metroviários está a grande defasagem entre o volume do lucro estimado pelo governo do Estado à iniciativa privada em comparação com o baixo pagamento esperado pela futura concessionária.
O esperado é que o contrato renda mais de R$ 10,8 bilhões. Enquanto isso, o lance mínimo é de R$ 189 milhões, com contrapartida de investimento de R$ 3 bilhões, ao longo de 20 anos.
Na terça-feira (16), a Justiça do Trabalho, antecedendo-se à decisão da categoria, determinou em liminar que 80% dos profissionais devem trabalhar nos horários de pico da operação e 60% fora do horário de pico.
A liminar também fixa uma multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O sindicato, porém, já tinha dito que não cumpriria a ordem judicial.
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