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Australiano vítima de atropelamento no Rio está em estado grave e respira com aparelhos

Vítimas do atropelamento no calçadão da praia de Copacabana, na zona sul carioca - IAN CHEIBUB/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
Vítimas do atropelamento no calçadão da praia de Copacabana, na zona sul carioca Imagem: IAN CHEIBUB/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, no Rio

19/01/2018 10h16

Uma das 17 vítimas do atropelamento na praia de Copacabana, na zona sul carioca, na quinta-feira (18), é um homem australiano de 68 anos e que, até a madrugada desta sexta-feira (19), estava em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul.

O idoso sofreu um traumatismo craniano encefálico e respira com o auxílio de aparelhos. A identidade dele não foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde.

No mesmo hospital estão outras oito pessoas atropeladas. Os casos mais delicados são um homem de 68 anos que também sofreu traumatismo craniano encefálico e uma menina de sete anos que teve fratura do membro inferior esquerdo, trauma de face e escoriações múltiplas. Apesar da gravidade das lesões, ambos apresentam quadro clínico estável.

Sete vítimas foram encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. São quatro homens, duas mulheres e um menino de 2 anos, todos estáveis e com ferimentos sem gravidade, de acordo com a secretaria.

Um novo boletim médico deve ser divulgado até o fim da manhã desta sexta-feira (19).

Atropelamento em Copacabana

UOL Notícias

Bebê não resiste aos ferimentos

O atropelamento ocorreu na orla de Copacabana, em plena avenida Atlântica (na altura da rua Figueiredo Magalhães), por volta de 20h30 de ontem (18). O acidente matou um bebê de apenas oito meses.

O motorista, identificado como Antônio Anaquim, perdeu a direção do veículo e avançou contra os pedestres. O carro passou pela ciclovia e invadiu o calçadão da praia, arrastando o que estava pela frente. O automóvel só parou ao chegar à areia da praia.

anaquim - Reprodução/Facebook/Antônio Anaquim - Reprodução/Facebook/Antônio Anaquim
Anaquim afirmou que sofre de epilepsia
Imagem: Reprodução/Facebook/Antônio Anaquim
Segundos após o atropelamento, a primeira reação dos funcionários do quiosque de comida peruana Inka, situado bem próximo ao local exato do acidente, foi levar extintores de incêndio até o veículo. "Vimos muita areia levantada e achamos que era fumaça", contou Roberto Mollinero, 19, dono do estabelecimento.

"As pessoas queriam levantar o carro para ver se não tinha alguém embaixo", disse. "E o motorista não saiu do carro. Teria apanhado se tivesse saído", relatou.

À polícia, Anaquim afirmou ser epiléptico e ter sofrido um desmaio pouco antes de perder a direção. Remédios receitados para epilepsia foram encontrados dentro do veículo. Pessoas epiléticas podem dirigir automóveis, desde que comprovem não sofrer crises frequentes.

Segundo a "TV Globo", Anaquim prestou depoimento durante toda a madrugada e, como se dispôs a colaborar com a investigação, não será preso preventivamente. A Polícia Civil não encontrou sinais de ingestão de bebida alcoólica no exame feito pelo IML (Instituto Médico-Legal). Ele deve ser indiciado por homicídio culposo.