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Polícia tem três suspeitos de matar menino Arthur no Réveillon em SP

Arthur Aparecido Bencid Silva, 5, vítima de bala perdida durante o Réveillon em SP - Arquivo pessoal
Arthur Aparecido Bencid Silva, 5, vítima de bala perdida durante o Réveillon em SP Imagem: Arquivo pessoal

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

19/01/2018 14h06Atualizada em 19/01/2018 14h06

Policiais civis do 89º DP (Distrito Policial), no Morumbi, zona oeste da cidade, trabalham desde o dia 1º para tentar identificar quem atirou para cima e matou o menino Arthur Aparecido Bencid Silva, 5, durante o Réveillon, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo. A polícia não tem dúvidas de que a criança foi vítima de bala perdida.

De acordo com o delegado Antônio Sucupira Neto, que está à frente das investigações, a polícia recebeu cinco denúncias sobre o caso. Duas estão descartadas. Outras três pessoas denunciadas estão sendo investigadas. Uma delas já prestou depoimento aos policiais e negou que tivesse atirado. A Secretaria de Segurança Pública ofereceu até R$ 50 mil de recompensa para denúncias que ajudem a identificar o atirador.

"São cinco denúncias, sendo duas descartadas. Uma das descartadas é referente ao homem levado ao DP na primeira semana. Ele está descartado", disse o delegado Sucupira Neto nesta sexta-feira (19). O outro suspeito descartado teria sido vítima de falsa denúncia, feita da enteada após uma briga. "A briga foi no Taboão da Serra, muito longe de onde tudo aconteceu", afirmou.

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Das cinco denúncias, apenas uma foi feita por meio do Disque Denúncia, que está oferecendo a recompensa

Na manhã desta quinta-feira (18), foi feita a reconstituição na casa em que o menino foi baleado. "A gente acredita que essa reconstituição possa diminuir o raio da probabilidade sobre de onde foi feito o disparo. Não há mais dúvidas de que ele foi vítima de bala perdida", afirmou Sucupira Neto.

02.jan.2018 - Família diz que houve demora para atendimento do menino Arthur - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
02.jan.2018 - Família diz que houve demora para atendimento do menino Arthur
Imagem: Arquivo pessoal
"O perito, ontem, falou que o próximo passo é buscar informações junto ao fabricante do projétil. Saber velocidade e distância. Têm de ser levadas em conta também as considerações sobre os aspectos climáticos --se chovia ou ventava, por exemplo. É complexo", afirmou o delegado.

Além das investigações em curso, a polícia também trabalha com a possibilidade de que a pessoa que realizou o disparo, mesmo que tenha sido sem a intenção de ferir alguém, se apresente espontaneamente. A polícia reforça ainda o pedido para que a população denuncie atitudes suspeitas ocorridas naquela noite.

Como denunciar

As denúncias podem ser feitas pelo número de telefone 181 ou pelo site Webdenúncia (www.webdenuncia.org.br). A identidade do denunciante é preservada. Segundo a SSP, qualquer pessoa pode receber anonimamente a recompensa, "desde que contribua com informações relevantes para a polícia esclarecer um crime".

Ao fazer a denúncia, um número de protocolo é criado e, através dele, é possível que o denunciante acompanhe anonimamente o uso da sua informação. Quando o denunciante é informado que será recompensado, um número de cartão bancário virtual é enviado.

"Após essa definição, a SSP informa ao ISPCV (Instituto São Paulo Contra a Violência) o número de um cartão de débito virtual e uma senha para que seja repassada ao denunciante por meio do site, cujo acesso é restrito à Superintendência do ISPCV. Assim, o denunciante pode sacar o dinheiro da maneira que achar mais conveniente", diz a SSP em nota. A quantia ainda pode ser retirada de uma vez ou aos poucos.

Segundo a SSP, a ferramenta online de denúncia é "extremamente segura, pois conta com dupla criptografia de dados, o que impede qualquer pessoa de invadir o sistema". O modelo mantém em sigilo a identidade do denunciante durante todo o processo, inclusive no pagamento da recompensa.