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"Cenas do Carnaval revelaram agressividade grande", diz Temer sobre intervenção no Rio

Temer chama crime organizado de "metástase" e diz dará resposta "dura"

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

16/02/2018 19h07

O presidente Michel Temer (MDB) disse na noite desta sexta-feira (16) que a adoção da intervenção federal no Rio de Janeiro foi necessária após uma série de crimes violentos durante o Carnaval na capital fluminense. "As cenas do Carnaval revelaram uma agressividade muito grande e uma desorganização social e até moral muito acentuada. As pessoas lá não têm mais limites", disse em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo na Band News FM.

Temer assinou na tarde desta sexta o decreto de intervenção federal que concede às Forças Armadas a condução da segurança pública do Rio. Esse tipo de medida é inédito desde a promulgação da Constituição de 1988. Pelo decreto, as Forças Armadas assumirão o controle de distintos corpos policiais.

A previsão é que o decreto tenha validade até o fim da presidência de Temer, em 31 de dezembro.

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A decisão acontece depois da série de casos de violência ocorridos durante o Carnaval, com assaltos e arrastões em diversos pontos da cidade, e também em um contexto de agravamento contínuo da segurança da capital fluminense, com disputas entre facções criminosas e confrontos com a polícia.

Em entrevista à Band News FM, Temer também avaliou que intervenção federal no Rio de Janeiro servirá de exemplo para o resto do país. "Tudo que acontece no Rio de Janeiro tem uma repercussão muito grande no país. Queremos manter a ordem pública e que isso tenha repercussão. Porque se isso começa a desandar lá, vai desandar no resto do país", disse.

O presidente também negou que esteja fazendo uma manobra política para evitar o fracasso da votação da reforma da Previdência. Com a intervenção federal no Rio, o Congresso fica impedido de fazer emendas na Constituição, ou seja, não pode votar qualquer PEC (Projeto de Emenda à Constituição).