Temer é hostilizado ao visitar local do desabamento em São Paulo
O presidente Michel Temer (MDB) foi alvo de protesto de integrantes de movimentos sociais no local onde houve o desabamento de um prédio da União que estava ocupado no centro da capital paulista nesta terça-feira (1°). Temer, que esteve no local por volta das 10h, disse que não poderia deixar de verificar a situação.
“Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar exatamente apoio àqueles que perderam, enfim, suas casas”, comentou, em um rápido pronunciamento à imprensa.
O presidente teve de deixar às pressas o local onde atendia a imprensa em função de atos hostis dos manifestantes. Temer foi embora dentro do carro oficial sob gritos de protesto. "Nós queremos casas!", gritava a multidão.
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O prédio pertence à União e é uma antiga instalação da Polícia Federal, desativada e ocupada irregularmente. “Nós, lamentavelmente, não pudemos, naturalmente, me explicaram, pedir a reintegração [de posse do imóvel] porque, afinal, gente muito pobre, situação um pouco difícil. Mas agora serão tomadas providências para dar assistência não só àquelas famílias que perderam seus entes queridos, mas também àqueles que perderam sua habitação”, disse o presidente, sem especificar o tipo de ajuda que será dada aos moradores.
Em nota, o Planalto informou que, a partir das informações repassadas pelo governo paulista, será feito um "levantamento dos danos e de famílias impactadas para avaliar a necessidade de auxílio federal".
Temer diz que ficaria mal não dar apoio aos moradores
O edifício de 24 andares desabou por volta das 2h20 desta terça-feira (1º) depois de pegar fogo. Há ao menos uma pessoa desaparecida. Cerca de 248 pessoas foram encaminhadas pela Prefeitura de São Paulo para abrigos municipais. Elas integram 92 famílias, que já receberam acolhimento e alimentação por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.
Em março, a secretaria havia cadastrado cerca de 150 famílias, com 400 pessoas, no prédio. Desse total, 25% eram famílias estrangeiras.
O governador do Estado, Márcio França, esteve no local por volta das 5h e disse que, após a contenção do fogo, cães farejadores serão empregados na busca por sobreviventes em meio aos destroços. "É uma tragédia anunciada. Tem muita estrutura metálica, muito lixo que é jogado no fosso dos elevadores", disse França. "É um prédio que não tem a mínima condição de moradia. A União não podia ter deixado ocorrer essa ocupação."
(Com AFP)
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