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Polícia apreende celulares dos pais da menina Vitória Gabrielly

Vitória Gabrielly desapareceu após passeio de patins no interior de SP - Reprodução/Facebook
Vitória Gabrielly desapareceu após passeio de patins no interior de SP Imagem: Reprodução/Facebook

Fabiana Marchezi

Colaboração para o UOL

21/06/2018 12h45

A Polícia Civil de Araçariguama, no interior de São Paulo, apreendeu nesta quarta-feira (20) os celulares dos pais de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, encontrada morta na tarde do último sábado (16). A menina estava desaparecida havia oito dias, após sair de casa para andar de patins. Aparelhos de testemunhas também foram recolhidos. A polícia ainda busca por suspeitos e investiga a motivação do crime.

Conversas encontradas no celular da mãe da menina, Rosana Guimarães, mostram que ela estava recebendo ameaças desde quando Vitória sumiu, segundo o advogado da família Roberto Guastelli. A delegada Bruna Madureira confirmou ao UOL que a polícia já rastreou as mensagens enviadas à mãe, identificou o responsável e descobriu que era um trote.

Em uma das mensagens, Rosana escreve ao desconhecido: "Te agradeço pelo corpo da minha filha, agora ela mora no céu, um lugar onde você nunca saberá como será". A outra pessoa responde: "Você acha que brincou, brincou com a pessoa errada. Vou acabar com você. Não tenho medo da polícia. Estava aí no velório. Ainda não sabe quem sou".

Em um outro trecho, a pessoa chega a ameaçar a outra filha de Rosana e escreve mais sobre Vitória: "Você sabe que eu matei ela. Eu te falei e cumpri".

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Segundo Bruna, trata-se de uma pessoa que está acostumada a fazer isso em casos que ficam famosos, mas não divulgou o nome da pessoa. A delegada também lamentou o fato de ter que interromper as investigações para apurar uma falsa ameaça. No entanto, a polícia não informou se há alguma providência a ser tomada em relação a quem passou o trote.

O caso, agora tratado como homicídio, está em sigilo desde a última sexta-feira (15), quando a Justiça também determinou a prisão temporária de Julio Cesar Lima Ergesse, de 24 anos. Os investigadores chegaram até ele por meio de denúncia e o caso está sob sigilo.

Desde que a garota foi encontrada morta, a polícia passou a investigar também a possibilidade de envolvimento de alguém próximo à família da vítima no crime.