Paciente com braço imobilizado leva tapa de PM em hospital no DF
Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um paciente com o braço imobilizado sendo agredido por um policial militar no Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, em Brasília. Nas imagens, gravadas neste sábado (7), o mototaxista Aldnei José Ferreira da Silva leva um tapa no rosto do PM. O agente foi afastado da corporação.
Ao UOL, Silva contou que, após se envolver em um acidente de moto e com a clavícula quebrada, decidiu ligar para o Corpo de Bombeiros. A corporação, no entanto, não teria carro disponível para buscá-lo em casa e ele decidiu ir a pé até a corporação. "Estava com muitas dores e, quando cheguei, pedi que me transportassem até o hospital. Um bombeiro me levou, mas, no caminho, disse que daria uma carona para um PM para outro lugar". Após questionar o bombeiro sobre sua prioridade, por estar ferido, ele teria ouvido que o agente sabia o que estava fazendo.
Já no Instituto Hospital de Base, o paciente afirmou que um outro policial militar o recepcionou com agressividade, questionando o que estava acontecendo. O mototaxista garante que em nenhum momento desacatou o policial. "Eu estava imobilizado, com a clavícula quebrada, só queria ser atendido. Se eu tivesse desacatado, era só me dar voz de prisão, mas eu não fiz nada", disse Silva.
Segundo o paciente, o tapa registrado em vídeo foi o terceiro. "Levei outros dois tapas antes de os pacientes filmarem. Até agora quero entender o que ocorreu", afirmou.
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Já de acordo com Secretaria de Saúde do Distrito Federal, após ser encaminhado pelo Corpo de Bombeiros, Silva entrou no hospital em "estado alterado". "Diante da situação, o policial militar plantonista abordou o paciente e solicitou que ele se tranquilizasse. O homem não obedeceu a ordem e teve início uma discussão", diz a nota.
A secretaria também afirmou que não houve envolvimento da equipe de vigilantes do hospital e "que o paciente foi atendido pela equipe médica, submetido a exames, medicado e recebeu alta em seguida".
Ao UOL, a Polícia Militar disse que, após afastar o policial, instaurou um inquérito e um procedimento disciplinar para apurar a conduta do agente, que não teve o nome divulgado.
Até o fechamento da reportagem, o Corpo de Bombeiros ainda não havia se manifestado sobre a carona.
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