Após mulher negar sexo, marido é suspeito de matar filho de seis meses a tiros
Um homem de 25 anos foi preso em Luziânia, no interior de Goiás, por suspeita de ter assassinado o próprio filho, um bebê de seis meses que estava no berço, com um tiro à queima-roupa. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Maycon Salustiano da Silva teria cometido o crime após um desentendimento com a mãe do bebê, Jennifer Ribeiro, de 20 anos. Ele teria consumido álcool e maconha.
De acordo com o relato de Jennifer à polícia, os dois haviam consumido maconha na noite de terça-feira (11), após Salustiano também ter ingerido bebidas alcóolicas. Os dois foram dormir, mas, no meio da noite, o rapaz acordou falando "coisas sem nexo" e exigindo que Jennifer tivesse relações sexuais com ele, afirma a delegada Carolina Matos Barreto.
"Ela teria negado, dito que não queria, e eles teriam começado a discutir", explicou a delegada. Salustiano então, segundo relato, pegou uma arma de fogo e apontou para a mulher. "Ela pediu para ele se acalmar, mas o homem teria ficado mais nervoso e apontado a arma para a criança. Ele indagou se ela estava duvidando que seria capaz de atirar. Então, disparou no neném."
O bebê, chamado Michel, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá e chegou a dar entrada, mas não resistiu.
Salustiano admitiu ser o dono da arma, uma garrucha calibre 22, mas alega não se recordar dos fatos devido ao uso de álcool e maconha na noite anterior.
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A delegada disse que o casal estava "emocionalmente abalado e chorando bastante" na Delegacia. Após o depoimento, Jennifer foi liberada. Salustiano foi preso em flagrante e encaminhado para o Centro de Prisão Provisória, enquanto a Polícia Civil de Goiás investiga e aguarda os laudos do Instituto Médico Legal e de Criminalística. Ele não tem antecedentes criminais nem histórico de violência doméstica.
A reportagem tentou contato com a família do rapaz, mas não obteve resposta.
"Vamos ouvir familiares e vizinhos, saber se havia histórico de violência e maus tratos com a criança, verificar inclusive as ameaças contra a mãe, para depois efetuar o indiciamento e encaminhá-lo para o fórum", explica Carolina.
Salustiano vai responder por homicídio e porte ilegal de arma.
Vizinha ouviu gritos e pediu socorro
Uma testemunha já foi ouvida. A Polícia Civil de Goiás colheu o depoimento de uma vizinha que teria acionado as autoridades após ouvir gritos de uma mulher pedindo socorro na madrugada desta quarta-feira (12). Ela teve sua identidade preservada.
"Podem ter sido gritos da Jennifer", alega a delegada. "Ela disse que teve um apagão após o disparo e não sabe dizer o que aconteceu Ela nem sequer recorda de ter gritado por socorro. Pelo horário e circunstância, a gente acredita que foi ela, mas precisa do laudo do IML para precisar a hora da morte do bebê."
Uma patrulha chegou a ir ao local da denúncia de madrugada, mas não identificou a origem dos gritos. Segundo a vizinha, o barulho foi logo abafado.
A polícia voltou a ser acionada, já na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Ingá, para atender o caso de um bebê que havia sido baleado.
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