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Homem é suspeito de matar família de autora de ação contra ele após venda de Fusca

Antonio Ferreira está foragido da polícia desde o último sábado (3) - Divulgação/Polícia Civil
Antonio Ferreira está foragido da polícia desde o último sábado (3) Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Fernando Molina

Colaboração para o UOL

05/11/2018 18h23

Um casal foi assassinado dentro da própria chácara em Peruíbe, litoral de São Paulo, no último sábado (3). De acordo com a Polícia Civil, o principal suspeito é um condenado a indenizar a filha de uma das vítimas por danos morais em um processo envolvendo a venda de um carro do modelo Fusca. Desde a condenação, a família relatou ter sido ameaçada de morte. O homem é procurado pela polícia.

Segundo o delegado responsável pelo caso, a advogada Marleni Fantinel Ataíde Reis, de 68 anos, era advogada e representou a filha na ação que gerou a condenação de Antonio Ferreira, de 61 anos. Ela foi atingida com golpes de facão e de faca, mas, mesmo gravemente ferida, conseguiu indicar o autor dos crimes aos policiais militares que chegaram ao local. Ela foi levada para o Hospital Regional de Itanhaém, porém não resistiu aos ferimentos.

O marido dela, Marcio Ataíde Reis, de 46 anos, foi atingido por um tiro de espingarda e morreu no local.

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Antonio Ferreira, de 61 anos, comprou um carro do modelo Fusca filha de Marleni, Virgínia Conceição Fantinel Dias, e, depois de não transferir a documentação do veículo para o seu nome, com tributos e multas de trânsito indo para Virgínia, ele foi levado à Justiça em 2013. Antonio perdeu o processo e foi condenado a pagar uma indenização por danos morais de R$ 2.000. A mãe foi a advogada da filha no caso que teria revoltado o suspeito.

Após a condenação, a família de Virgínia chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o homem por ameaças de morte. Além disso, depoimentos da família dele deram indícios de que Antonio seria mesmo o assassino, de acordo com o delegado Arilson Brandão. "Acho que ele não soube separar as coisas. Na ação, a advogada estava defendendo os interesses da filha e a raiva dele foi ter sido condenado", disse Brandão.

O homem sumiu de casa desde a morte de Marleni e Marcio, teve a prisão temporária decretada no último sábado e é procurado pela polícia.