Bolsonaro sobrevoa área atingida por rompimento de barragem em Brumadinho

Luciana Amaral e Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília
26/01/2019 10h51
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobrevoou na manhã deste sábado (26) a área atingida pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta (25). Ele não deu declarações no local e já voltou para Brasília.
Bolsonaro usou o Twitter para dizer que é "difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar" e prometer que o governo fará o que estiver ao seu alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias, citando ainda o desastre de Mariana (MG), há mais de três anos.
Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente.
? Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 26, 2019
O balanço mais recente informado pelo Corpo de Bombeiros confirmou a morte de ao menos nove pessoas. Entre 265 e 355 pessoas são consideradas desaparecidas. Foram resgatadas com vida 189 pessoas.
Na chegada ao Palácio da Alvorada, sua residência em Brasília, ele concedeu uma breve entrevista coletiva e disse que o governo federal e o de Minas Gerais "tomaram todas as providências de imediato para ajudar a minimizar a dor dos familiares".
"Daqui para frente, o trabalho é basicamente busca de desaparecidos. Infelizmente, pode aumentar muito o número de mortos", declarou.
Em seguida, Bolsonaro informou que receberia o telefonema do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que ofereceu ajuda "com base em tecnologia para buscar desaparecidos".
No Twitter, minutos depois, o presidente brasileiro comunicou que aceitou a agradeceu "mais essa tecnologia israelense a serviço da humanidade", sem informar qualquer detalhe sobre essa ferramenta.
Questionado sobre a necessidade de haver mais fiscalização, o presidente foi evasivo, encerrando a entrevista. "Tudo é importante, tá ok? Vamos tomar as providências", disse.
Durante o sobrevoo, Bolsonaro aproveitou para fotografar o cenário com o próprio celular.
Quando chegou, o presidente ouviu relatos das providências tomadas em reunião de trabalho sobre a tragédia.
Bolsonaro estava acompanhado também dos ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do porta-voz da Presidência, Otávio Santana do Rêgo Barros. Os quatro são generais do Exército.
Os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Alves, se deslocaram para a região na tarde de ontem.
Embora a Presidência tenha informado pela Presidência nesta sexta que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, faria parte da comitiva, ela não embarcou para Minas. A assessoria não soube informar o motivo da ausência dela.
Ontem à tarde, Bolsonaro se solidarizou com as vítimas por meio de mensagens escritas no Twitter e lidas pelo porta-voz. Em seguida, falou a uma rádio de Brumadinho. Na ocasião, ressaltou que a questão da Vale "não tem nada a ver" com o governo federal.
À noite, o presidente também fez um pronunciamento no Palácio do Planalto prometendo tomar as medidas necessárias para minimizar os danos.
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