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Governo de MG diz ainda não ter "clareza" para evitar rompimentos, diz vice

Divulgação/Forças de Defesa de Israel
Imagem: Divulgação/Forças de Defesa de Israel

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

31/01/2019 16h41Atualizada em 31/01/2019 18h55

O governo de Minas Gerais ainda não tem "clareza" para evitar novos rompimentos de barragens atualmente, afirmou o vice-governador Paulo Brant (Novo) nesta quinta-feira (31). A declaração foi dada após reunião dele com o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), no Palácio do Planalto. 

"Nós vamos aprender com esse episódio, com certeza. Clareza absoluta [para evitar novos episódios], não, mas estamos aprendendo. A gente está estudando, avaliando, né?", declarou Brant ao ser questionado se o governo estadual tem conhecimento do que é preciso ser feito para se evitar novas tragédias como as das minas da Vale em Brumadinho e da Samarco - da qual a Vale é uma das integrantes - em Mariana.

Brant afirmou que a ação de resgate e busca de corpos "correu bem" na medida do possível e que não houve falta de recursos humanos, alimentos nem apoio logístico. "Tudo o que tinha que ser feito foi feito", defendeu.

Segundo o vice-governador, todas as barragens a montante - mesmo modelo das que se romperam em Brumadinho e Mariana - em Minas Gerais serão vistoriadas com a ajuda do governo federal. Na terça (29), ministros de Estado anunciaram que a União vai focalizar a fiscalização em 3,3 mil barragens classificadas como de alto risco pelo país.

O governo federal não deu prazo para o término das vistorias. Brant ressaltou que o monitoramento e a regulamentação das estruturas cabem à União. No entanto, quando questionado se a gestão estadual esperaria somente as medidas das agências federais, disse que tentaria agilizá-las.

Em seguida, afirmou não haver risco de novos rompimentos de forma imediata e que a população não deve entrar em pânico.

"Não há risco iminente. A gente tem que tomar cuidado para não gerar pânico. Não há, não há, não há", falou.

Segundo o vice-governador, a Vale se comprometeu a investir financeiramente na cidade para recuperar o local, mas falta organizar projetos.

"Recurso financeiro é fundamental, mas não basta. Vamos criar grupos para fomentar e repensar a economia da cidade junto com a prefeitura, obviamente", disse.

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AFP