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Planalto nega relação entre massacre de Suzano e projetos do governo

15.jan.2019 - Bolsonaro assina decreto que modifica a regulamentação para posse de arma de fogo, plataforma de sua campanha - Pedro Ladeira/Folhapress
15.jan.2019 - Bolsonaro assina decreto que modifica a regulamentação para posse de arma de fogo, plataforma de sua campanha Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

13/03/2019 19h23

Em briefing à imprensa no início da noite de hoje, o porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o massacre em Suzano (SP) "não tem relação direta com os projetos propostos pelo nosso presidente no seu programa de governo e, a partir da sua assunção ao governo, capitaneados também pelo Ministério da [Justiça e] Segurança".

Ele não citou nominalmente nenhum projeto. No começo do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto facilitando a posse de armas no Brasil. O assunto foi uma de suas plataformas de campanha.

Segundo Rêgo Barros, o Planalto estuda como pode colaborar para que casos semelhantes não voltem a acontecer, mas ainda não houve tempo hábil de pensar sobre eventuais campanhas educativas acerca de armamento ou outras ações.

Quanto à resposta dada à tragédia, o porta-voz afirmou que o governo federal entende que o sistema de segurança pública de São Paulo "prontamente se colocou na área para identificar esse grave evento".

O massacre, que deixou 10 mortos, que deixou 10 mortos, foi classificado por Bolsonaro como "monstruosidade e covardia". Bolsonaro só comentou o assunto em suas redes sociais mais de cinco horas depois do ocorrido.

Em post no Twitter às 15h59, Bolsonaro prestou condolências.

Um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), também se manifestou no Twitter e criticou o Estatuto do Desarmamento.

No Congresso, deputados da oposição fizeram críticas à ampliação na facilidade do acesso a armas de fogo após o massacre em Suzano.

Do lado do governo, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) afirmou que "aproveitadores" vão usar o ocorrido para criticar a política do governo Bolsonaro de maior acesso às armas. O senador usou o episódio para defender a redução da maioridade penal: "bandido não tem idade", disse.

Suzano: Testemunha conta que viu amigo ser morto em ataque

Band News
Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou no começo do ano um decreto facilitando a posse de armas no Brasil -- não o porte. O texto já foi corrigido.