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Prefeito de Suzano diz que cidade vai organizar velório coletivo

O prefeito da cidade de Suzano, Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi (PR) - Reprodução
O prefeito da cidade de Suzano, Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi (PR) Imagem: Reprodução

Alex Tajra

Do UOL, em São Paulo

13/03/2019 16h11Atualizada em 13/03/2019 19h07

O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), afirmou nesta tarde que está conversando com as famílias das vítimas do massacre da escola Raul Brasil para organizar um velório coletivo na cidade. A decisão final caberá às famílias, mas ainda não chegaram a um consenso. Oito pessoas foram assassinadas. Depois, os dois atiradores também se mataram.

Localizado na região metropolitana de São Paulo, Suzano tem 282 mil habitantes conforme estimativas do IBGE. A escola Raul Brasil, palco dos assassinatos de hoje, tem 1.067 alunos e 105 funcionários.

"A prefeitura está dando todo o amparo a todas as famílias, e a disposição aqui em Suzano é para realizar um velório coletivo. Estamos acordando com as famílias para ver como vamos fazer", disse Ashiuchi a jornalistas.

Imagens mostram sequência de acontecimentos em Suzano

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O prefeito estava em viagem a Brasília quando soube do ataque na escola. Ele embarcou de volta para São Paulo assim que soube do incidente.

Segundo Ashiuchi, um "QG" (quartel-general) foi montado em um local próximo à escola, onde estão trabalhando psicólogos e profissionais da saúde amparando as famílias de vítimas e feridos que procuram ajuda.

"Queria frisar aqui para a imprensa que isso não é só uma questão de segurança nas escolas, é um negócio além disso, do ser humano, de bulliyng, de deus no coração", afirmou o prefeito.

Ashiuchi disse ainda que a prefeitura está trabalhando em parceria com o governo de São Paulo, tanto na elucidação do crime quanto na atenção às famílias das vítimas.

"Cena mais triste da minha vida", disse Doria

Mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), concedeu entrevista coletiva na frente da escola Raul Brasil, palco de um massacre que deixou pelo menos dez pessoas mortas e nove feridas.

"Estamos dando todo o apoio, material, estamos apoiando as famílias dessas vítimas, das crianças. Também estamos dando um auxílio com assistência médica e psicológica", disse o governador, que caracterizou a cena do massacre como a "mais triste da sua vida".

Depois, em entrevista à Band, Doria afirmou que, apesar das investigações ainda estarem no início, é "fato" que o crime foi premeditado. "Foi tudo absolutamente planejado, eles tinham armas, munições. O fato é que podemos ter certeza absoluta de que esses dois homicidas planejaram tudo", disse Doria.