Atiradores de massacre em Suzano eram ex-alunos e morreram ao encontrar PMs
Resumo da notícia
- Ex-alunos entraram em escola de Suzano e atiraram contra estudantes e funcionários
- Antes, atiradores atacaram um comerciante, que morreu
- 5 alunos e 2 profissionais foram mortos, e há 11 feridos
- Após ação, um dos atiradores matou o outro e, depois, se suicidou
- Não se sabem as motivações do crime
A polícia confirmou, na tarde de hoje, que os atiradores que abriram fogo dentro de uma escola em Suzano (Grande São Paulo) eram ex-alunos do colégio. Ao menos 10 pessoas morreram no ataque, entre elas os dois atiradores.
Segundo João Camilo Pires de Campos, secretário de Segurança Pública de São Paulo, os acusados Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, haviam estudado na Escola Estadual Raul Brasil.
"Antigos alunos deste colégio fizeram uma ação preliminar em uma locadora, onde atiraram em um senhor chamado Jorge Antônio Moraes, roubaram um Onix branco e seguiram para essa escola", afirmou o secretário.
Segundo ele, Guilherme estudava no colégio até o ano passado. Ele não informou até quando Luiz Henrique foi matriculado na escola. Ainda não se sabe o que motivou o crime.
Os outros mortos são:
- Kaio Lucas da Costa Limeira (aluno, morreu na escola)
- Cleiton Antônio Ribeiro (aluno, morreu na escola)
- Caio Oliveira (aluno, morreu na escola)
- Samuel Melquíades Silva de Oliveira (aluno, morreu na escola)
- Douglas Murilo Celestino (aluno, morreu a caminho do hospital)
- Marilena Ferreira Vieira Umezo (coordenadora, morreu na escola)
- Eliana Regina de Oliveira Xavier (agente de organização escolar, morreu na escola)
- Jorge Antônio Moraes (funcionário da loja de carros, morreu no hospital)
Secretário: atirador disse que retomaria estudos hoje
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares da Silva, disse que Guilherme foi aluno da escola por dois anos, quando cursou o primeiro e o segundo ano do ensino médio. Ele era considerado "evadido", já que não voltou ao colégio para concluir os estudos.
Silva afirmou que Guilherme chegou à escola, na manhã de hoje, com a justificativa de que iria à secretaria para retomar os estudos. "As informações que a gente tem são de que a escola estava aberta para receber um aluno que queria voltar a estudar", disse.
Ao contrário do que afirmou o secretário de Segurança Pública, Silva disse não saber de episódios de bullying ou de violência praticados ou testemunhados pelo ex-aluno. Ele afirmou, ainda, não ter tido acesso ao histórico escolar de Luiz Henrique, o outro atirador.
O caminho dos atiradores
O secretário de Segurança Pública relatou que, após roubarem o carro e partirem para a escola, os atiradores entraram no colégio pela porta da frente. Inicialmente, eles atiraram nas duas funcionárias que estavam na entrada. Em seguida, deram sequência aos tiros.
Acionada após o assalto na loja de veículos, uma equipe de policiais perseguiu o carro branco roubado e também chegou à escola.
Segundo o secretário, quando os atiradores chegaram ao fundo da escola, depararam-se com uma equipe do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais). Neste momento, foram ouvidos dois disparos. O secretário diz que a polícia não descarta a hipótese de que um dos atiradores tenha disparado contra o outro antes de se suicidar.
Dúvidas sobre motivação
Pires de Campos disse ainda que a polícia não sabe o que motivou o crime. "É essa a grande busca: qual foi a motivação desses antigos alunos", afirmou.
Segundo ele, Guilherme, o ex-aluno mais novo, tinha um histórico de ter saído da escola "antes da hora". O secretário não soube dizer se o ex-aluno havia sido expulso e afirmou apenas que a saída aconteceu por "problemas".
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