Topo

PB: Mãe é presa acusada de não socorrer filho de 3 anos que morreu afogado

Testemunhas ouvidas pela polícia dizem que mãe não socorreu, nem pediu ajuda ao ver filho se afogar
Imagem: Testemunhas ouvidas pela polícia dizem que mãe não socorreu, nem pediu ajuda ao ver filho se afogar

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

08/04/2019 18h12Atualizada em 08/04/2019 18h54

Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil da Paraíba porque teria visto o filho de três anos se afogar em uma piscina no município de Mari (PB), a 77 quilômetros de João Pessoa, e não o socorreu. O caso aconteceu ontem à tarde.

A mãe foi indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), abandono de incapaz, maus tratos e negligência. A polícia está finalizando o inquérito com as qualificadoras para entregar o caso ao Ministério Público Estadual.

O nome da acusada não foi divulgado. Ela está presa na delegacia de Mari aguardando audiência de custódia, que deverá ocorrer nesta terça-feira (9). O juiz decidirá se a mulher continuará presa ou responderá as acusações em liberdade.

Testemunhas relataram à polícia que a mulher e dois filhos chegaram a um clube por volta das 17h, e o menino de três anos caiu na piscina destinada a adultos.

Desesperado, o outro filho, de nove anos, saiu em busca de ajuda. Ele encontrou um Policial Militar, que entrou na piscina, retirou o menino já desfalecido e tentou reanimá-lo.

A criança foi levada para uma policlínica do município, mas morreu.

"A mãe ficou olhando o filho se afogar, não socorreu, nem chamou ninguém. Ela ficou o tempo todo ao lado da piscina olhando. Durante o socorro, ela não esboçou nenhuma reação. Estamos investigando como a criança caiu na piscina, se foi empurrada", afirmou o delegado Francisco de Assis Araújo.

A mãe foi presa em flagrante e levada para a delegacia de Sapé, responsável pelo plantão do fim de semana. Hoje, a mulher foi transferida para a delegacia de Mari.

Segundo a polícia, ela permaneceu calada durante o depoimento e não tem advogado. Ela deverá ser assistida por um defensor público durante a audiência de custódia e todo o processo criminal.

O corpo do menino foi levado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de João Pessoa para ser submetido a necropsia. Até às 15h, a família não havia retirado o corpo para sepultamento.