Deputado estadual do Rio é suspeito de mandar matar adversário político
A Polícia Civil do Rio realiza uma operação na manhã de hoje para desarticular uma quadrilha que seria comandada pelo deputado estadual Vandro Lopes Gonçalves, conhecido como "Vandro Família" (Solidariedade).
De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o grupo praticava crimes a mando do parlamentar, entre eles, o assassinato de um adversário político ocorrido em março de 2018, quando era vice-prefeito de Magé, na Baixada Fluminense. A vítima foi Paulo Henrique Dourado Teixeira, conhecido como Paulinho P9.
Segundo as investigações, a motivação foi a oposição que a vítima realizava contra Vandro Família. O UOL não conseguiu contato com a defesa do deputado, mas ele realizou uma transmissão ao vivo na manhã de hoje em seu perfil no Facebook enquanto cortava o cabelo.
Na live, ele disse que pretende processar o delegado Moysés Santana, responsável pela investigação, devido a declaração dada à imprensa sobre o caso. Vandro Família considerou a fala como infeliz.
"Não tenho medo de nada (...) o delegado foi infeliz nas suas declarações. Estou indo para a Alerj e vou entrar com processo cabível para que nenhuma covardia mais seja feita. Que o delegado faça seu trabalho, respeito muito a PM, a Polícia Civil, toda área de segurança. Eu, que sou sargento da PM, quero fazer apelo ao governador para que não coloque pessoas que deixem a velha política reinar [no estado]", disse.
Segundo a polícia, Paulinho P9 "era conhecido militante político da região", que "fazia clara oposição ao prefeito de Magé, chegando, inclusive, a denunciar um esquema de licitações fraudulentas na Prefeitura, envolvendo o deputado Vandro".
Paulinho P9 chegou a registrar boletim de ocorrência de ameaça na delegacia da região.
O crime ocorreu no dia 21 de março do ano passado. O carro da vítima foi interceptado por outro veículo e 15 tiros foram disparados.
"[Há] claros indícios de execução, pois o autor efetuou disparos encostados na vítima, não levando nenhum pertence de Paulo Henrique", disse a Polícia Civil.
De acordo com a polícia, as investigações realizadas revelaram a "existência de uma organização criminosa que visava manter em sigilo diversos procedimentos administrativos dos envolvidos com a prefeitura de Magé e a partir do momento em que a vítima formalizou denúncias, virou alvo do grupo criminoso".
Vandro Família, chegou a ser preso, em abril de 2012, pela Delegacia de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Draco) por suspeita de envolvimento em uma milícia. Ele ficou três meses na prisão, mas o processo foi extinto.
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