Jovem que foi a Campos do Jordão pela 1ª vez está entre mortos de acidente
Camilla Rodrigues tinha 23 anos e havia acabado de se formar em fisioterapia. Ela viajava com o namorado, Yago Lira Fernandes Mange, que era auxiliar administrativo da concessionária Ecovias. Os dois morreram no acidente com um ônibus na noite de ontem na rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro em Santo Antônio do Pinhal (SP). O ônibus voltava de uma excursão.
Ao todo, dez pessoas morreram no acidente. A maioria delas, como Camilla, havia viajado a Campos do Jordão pela primeira vez.
Familiares das vítimas estiveram durante todo o dia de hoje no Instituto Médico Legal de Taubaté, para onde foram encaminhados os corpos. "Eu tô aqui brigando para liberar o corpo para voltar hoje ainda com o corpo da minha filha", relatou Marcos Roberto Silva, pai de Camilla, que soube do acidente pelas redes sociais.
Na internet, amigos lamentaram e expressaram espanto com a morte do namorado de Camilla. A concessionária de rodovias onde Yago trabalhava emitiu uma nota prestando solidariedade à família do rapaz, lembrando que era um profissional responsável e competente. Horas antes do acidente, ele postou uma foto com a namorada em Campos do Jordão com a legenda: "Cadê o frio?".
A polícia finalizou hoje a identificação de todos os mortos: os namorados Camilla Rodrigues Silva e Yago Lira Fernandes Mange; o casal Maria Ivonete Marcolino Ferreira da Silva e Doriedson Ferreira da Silva; Jaziel Dourado Neto e a filha Manoella Maciel Dourado; Luzia de Alencar Correa dos Santos e a filha Júlia Correa dos Santos; Ivan Francisco da Silva; e Jackeline Rodrigues Fernandes.
A polícia vai investigar as causas do acidente, que envolveu um ônibus da empresa Brasil Santana Transporte e cinco carros. Não se sabe se houve negligência do motorista, que está entre os mortos.
Dois dos veículos de passeio têm placas de Barueri (SP), e os outros são de Campos do Jordão, São Paulo e Taubaté.Ao todo, dez pessoas morreram no acidente. A maioria delas, como Camilla, havia viajado a Campos do Jordão pela primeira vez.
Sobreviventes
Familiares e amigos foram para hospitais da região nas primeiras horas do dia à espera de notícias sobre o estado de saúde dos 51 feridos que sobreviveram ao acidente.
Duas pessoas permanecem internadas no pronto-socorro de Pindamonhangaba, uma em estado grave, e nove seguem estão no Hospital Regional de Taubaté, três com quadro de saúde grave. Os outros feridos tiveram alta.
Em frente à unidade de Taubaté, estava Thainá Santiago, casada com o pai de Milleny Beatriz, de 18 anos. A adolescente machucou o rosto e quebrou o braço. O namorado dela quebrou uma costela e teve alta.
A jovem mora em Cubatão e viajou para comemorar o aniversário. "Ela querendo curtir e aconteceu o que aconteceu", disse Thainá, lembrando também a hora em que receberam a notícia da batida, ontem à noite. "A gente deitou e foi quando o telefone tocou e avisaram. O pai dela entrou em prantos."
Quem sobreviveu não consegue esquecer os segundos em que o ônibus ficou desgovernado até o momento do acidente.
Heitor Pereira viajava com a namorada, Suelen Rodrigues. Ela na janela, ele no corredor, no meio do ônibus. Heitor relata que de repente o ônibus começou a balançar por causa de uma possível falha nos freios.
"O ônibus ficou balançando para lá e para cá porque perdeu o freio. Foi bem rápido, ele estava em alta velocidade, porque era uma ladeira", disse Heitor. Suelen quebrou um dedo da mão direita e precisou ficar internada em Campos do Jordão.
Ônibus tinha situação regularizada
Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), o ônibus era cadastrado para fazer fretamento e estava regularizado. De acordo com a assessoria de imprensa, não há nenhuma reclamação ou denúncia contra a empresa e a vistoria do veículo estava dentro do prazo, com validade até dezembro desse ano.
A empresa Brasil Santana Transporte emitiu uma nota pelas redes sociais.
No comunicado, a responsável pelo ônibus disse que, por meio do advogado Marcelo Cruz, manifesta profundo pesar pelo ocorrido e se coloca à disposição dos familiares das vítimas, "independentemente de análise de responsabilidade jurídica".
A nota termina dizendo que é um momento de dor a todos, inclusive do advogado da empresa, que também é pai e lamenta o ocorrido.
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