Barco do século 19 desponta em areia na margem de rio em Minas Gerais
Soldador de ofício, Thiago Monteiro da Sé voltava de uma pescaria quando avistou uma estrutura de ferro despontando na areia. Pediu ajuda ao tio que o esperava no local, às margens do rio Grande, em Ribeirão Vermelho (Minas Gerais).
Quando começaram a retirar a terra, visualizaram a traseira de uma embarcação. "Agora a gente quer retirar ela toda do local", diz Thiago, que na infância ouviu o pai falar várias vezes do abandono em 1962 na região de um barco contruído no século 19.
O secretário de Turismo da cidade, Renan Ramos, diz não ter dúvidas de que se trata de uma embarcação do século retrasado, mas não sabe se é um barco a vapor, lancha ou um reboque. Segundo ele, a equipe de engenharia municipal quer retirar a estrutura das margens do rio para estudar o que fazer com a estrutura. "É um local denso, sólido, com muita areia, já que está há muito tempo embaixo da areia."
Em épocas de estiagem, como agora, o rio Grande perde muita água. De tempos em tempos, revela objetos até então escondidos. No século 19, o Rio Grande era o principal canal para escoar a produção de café, sal, açúcar, tecido, cereal, fumo, aguardente, couro, algodão do sul de Minas Gerais.
Thiago, em 2014, já havia encontrado outra embarcação antiga. O barco está no mesmo lugar e em igual estado de abandono das últimas décadas. "Começaram a mexer, destruíram e abandonaram", diz.
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