O que é a nuvem gigante vista em praia do Rio e em Campinas (SP)? Entenda
Uma nuvem gigante chamou a atenção de moradores na praia de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, no último domingo, e também em Campinas, interior de São Paulo, na manhã de hoje. O acontecimento é considerado raro por meteorologistas e é chamado de nuvem rolo.
No caso do Rio de Janeiro, o fenômeno ocorreu na tarde de domingo, por volta de 16h, e foi gravado por um morador da comunidade da Rocinha que presenciou a formação do fenômeno. As imagens feitas por Jorge Kadinho foram publicadas no Portal Fala Roça e tiveram quase 4.000 compartilhamentos.
Já em Campinas, outra nuvem rolo foi vista na manhã de hoje de moradores de Campinas. De acordo com a pesquisadora Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, ela se formou em apenas 10 minutos e indica um alerta de temporal.
"É uma nuvem com formação de tempestade, estamos com calor, umidade, muitas condições favoráveis para essa formação, tivemos em alguns pontos descarga elétrica e vento, o que acaba propiciando a formação dessa nuvem que se forma muito rápido e preocupa, pois tem potencial para temporal", disse Ana.
De acordo ainda com a pesquisadora, na cidade de Campinas apareceu apenas parte da nuvem. "A parte mais profunda dela ocorreu na cidade de Americana, também em São Paulo".
Já no Rio de Janeiro, a nuvem rolo foi provocada por uma combinação de ventos em altitudes diferentes que sopram em direções contrárias que resultam em nuvens no formato de rolo.
De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, a nuvem rolo, muito semelhante à nuvem "glória da manhã", é considerada um acontecimento raro.
"Ela pode atingir 1.000 quilômetros de comprimento e de um a dois quilômetros de largura, podendo ainda se deslocar com velocidade de até 6 km/h, o que provoca rajadas de vento. Esta nuvem se forma em uma altitude de 100 a 200 metros acima da superfície e é considerada uma nuvem baixa", explicou Josélia.
Apesar de ser incomum, de acordo com o Climatempo, o fenômeno já foi observado em 31 de maio deste ano, na região da praia de Ipanema e do Leblon, na zona sul carioca.
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