Médico conta qual a 1ª coisa que eles fazem em caso de incêndio em hospital
Quando existe uma ocorrência em unidade de saúde como a desta quinta-feira (12) no hospital Badim, na Tijuca, Rio de Janeiro, médicos e demais trabalhadores já sabem --ou deveriam saber-- o que fazer. A primeira ação a ser tomada, dizem profissionais ouvidos pelo UOL, é verificar o plano de emergências que todo hospital deve ter.
O documento determina quem faz o que nessas situações e aponta quais os doentes que devem ser atendidos primeiro. É preciso fazer uma categorização de acordo com a gravidade para ver quem deve ser atendido primeiro e quem pode esperar, afirma Fernando Erick, emergencista do Samu do Distrito Federal.
O plano é acionado assim que a sirene é acionada dentro do hospital, indicando que todos devem adotar os procedimentos de emergência.
"O ideal é que a organização do fluxo de retiradas de pacientes deve ser de um comando único, então alguém assume o comando e aciona uma central de regulação que vai fazer as escolhas para resolver cada situação. E a comunicação nesse momento é um elemento-chave", diz o emergencista.
Cone sobre a ambulância
É comum que a equipe responsável, determinada previamente para situações desse tipo, coloque na porta do hospital uma ambulância com um cone em cima, avisando que ali se tem o comando da operação.
O médico ou profissional de saúde deve sair do hospital e se dirigir ao local de comando para saber o que fazer, sempre de acordo com o plano de emergência, "desde a parte operacional, assim como quem vai cuidar da parte de atendimento médico, da parte de logística. A ideia é não perder tempo", diz a enfermeira Cristiane Domingues.
"Para onde levar os doentes? Essa decisão deve ser pré-estabelecida para que não se perca tempo e garantir que a gente tenha o menor número possível de vítimas", diz Cristiane.
Funcionários não podem virar vítimas
Os médicos também informam que é muito importante em um caso como o de incêndios que se evite ter funcionários que se tornem vítimas, por que com isso se diminui a capacidade de atendimento a vítimas do hospital. "Quem entra na chamada área quente, é só quem está preparada para isso. No caso de um incêndio quem entra é o bombeiro. Ele tira a vítima da área quente" esclarece a profissional.
"Muitos pacientes vão precisar de regates, e aí é preciso ter a colaboração de todos, o corpo de bombeiros, outros hospitais, Samu. É muito importante também que o bombeiro avalie o risco de desabamento", diz o doutor Erick. Como os recursos podem ser limitados em uma situação extrema como essa, a ideia é otimizar para atender o maior número de pessoas possíveis.
"Para qualquer cena de catástrofe ou desastre, você precisa entender a classificação do risco de cada paciente. Quando seus recursos são capazes de suprir as suas demandas, você prioriza o paciente mais grave, com maior chance de sobrevivência", finaliza o médico.
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