Discussão por causa de som termina em morte no DF; policial é suspeito
Um policial militar atirou e matou o vizinho na noite da última segunda-feira (9), na região do Areal, que fica a 23 km do centro de Brasília. O crime teria acontecido após uma discussão por conta do barulho. Imagens de uma câmera de segurança do condomínio registraram toda a ação e mostram o momento em que o policial atira em Kley Hebert Gusmão, 51.
A vítima morava havia três meses no prédio. O PM, que tem 31 anos, não teve a identidade revelada e relatou aos policiais que foi reclamar do som do vizinho com síndico, quando encontrou com Gusmão.
Imagens obtidas pelo UOL mostram o momento em que Gusmão entra na porta de acesso à escada do prédio. Em seguida, o vizinho e o policial militar aparecem rolando no chão. Eles trocam agressões, com chutes e socos.
O PM consegue ficar de pé e atira imediatamente contra o morador que, ainda caído, tenta se defender com as mãos. Outro morador aparece na cena e tenta socorrer o homem.
O professor David contou que o vizinho morto na suposta discussão usava tornozeleira eletrônica e que diariamente fazia muito barulho dentro do apartamento. As reclamações já haviam sido encaminhadas para o síndico do local.
"Ele perturbava com som alto, gritos...Mas não justifica, né? Tudo tem que ser conversado civilizadamente e com paciência. Em 20 anos que moro aqui, nunca vi um crime. Ficamos assustados", disse David ao UOL.
A equipe de reportagem esteve durante toda a manhã no prédio. O síndico não quis comentar o caso e orientou que os moradores não conversem com a imprensa.
O que diz a PM
Em nota, a Polícia Militar esclareceu que o policial se dirigia à portaria do prédio para registrar reclamação por perturbação quando encontrou Gusmão, morador do bloco B, nas escadas do bloco C.
"Ambos entraram em luta corporal. O policial temendo ter sua arma retirada, realizou um único disparo. O próprio policial solicitou socorro e Kley foi encaminhado ao Hospital Regional da Ceilândia (HRC)", informou o texto.
O policial se apresentou voluntariamente na 21ª DP para registrar o ocorrido. A corporação já iniciou os procedimentos legais relacionados ao caso.
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