ES: Governo reconhece estado de calamidade pública de 4 cidades por chuvas
O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública de quatro cidades atingidas pelas fortes chuvas no Espírito Santo: Alfredo Chaves, Iconha, Rio Novo do Sul e Vargem Alta. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Com a medida, os locais poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas afetadas.
As chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (17) já causaram a morte de sete pessoas e deixaram 2.943 desalojadas. Segundo o último boletim divulgado pela Sesp (Secretaria estadual da Segurança Pública e Defesa Social), entre as 11h de ontem e as 6h de hoje, mais 588 pessoas tiveram que deixar suas casas e procurar abrigos públicos ou a casa de parentes e amigos.
O reconhecimento federal foi realizado por procedimento sumário - quando o desastre, público e notório, é considerado de grande intensidade. Desde sábado (18), técnicos da Defesa Civil Nacional estão no estado para avaliar o impacto das chuvas na região.
Auxílio do Exército
Ontem, o 38º Batalhão de Infantaria recebeu a solicitação formal do governo do Espírito Santo para apoiar os esforços de recuperação das localidades atingidas pelas chuvas, com o emprego de viaturas especializadas, como caminhões pipa, caminhões basculantes e caminhões de transporte de material e pessoal.
A partir de hoje, o batalhão deslocará um efetivo de quarenta militares, 8 viaturas operacionais e especializadas, ferramental de trabalho e material de apoio para a operação.
Os militares estarão baseados na localidade de Iconha, com possibilidade de deslocarem-se para outras cidades afetadas naquela área, conforme demanda.
Em nota ao UOL, o Exército informou que está em condições de apoiar com mais meios e pessoal, caso seja necessário.
Situação é mais grave na região sul do estado
Em Alfredo Chaves, a cerca de 80 quilômetros da capital capixaba, Vitória, foi registrado o maior número de desalojados: 1.107 pessoas. Além disso, três das sete mortes registradas em todo o território capixaba ocorreram no município, que, por outro lado, não contabiliza nenhum desabrigado.
Na última segunda-feira (20), a prefeitura declarou situação de calamidade pública no município, que teve ao menos 17 pontes danificadas ou destruídas, ruas alagadas, casas destruídas e estradas vicinais e rodovias estaduais atingidas por deslizamentos de terra, que interromperam parcial ou integralmente o tráfego de veículos.
Em Vargem Alta, 40 quilômetros a oeste de Alfredo Chaves, mais 1.006 pessoas tiveram que deixar suas casas e se alojar na casa de parentes ou amigos. Na cidade havia, até a madrugada de hoje, 58 pessoas desabrigadas.
O maior número de desabrigados está em Iconha, onde 126 pessoas tiveram que sair de casa e procurar abrigos improvisados, como o montado em uma igreja católica que recebeu a maior parte dos afetados.
No município localizado a 100 quilômetros ao sul de Vitória, o nível do Rio Iconha, que corta a cidade, subiu quase quatro metros no fim de semana, causando alagamentos e obrigando a Defesa Civil Municipal a pedir às famílias que moram em áreas de risco que deixassem suas casas e buscassem abrigo em lugares seguros.
O abastecimento de água foi afetado em parte de Iconha e, no domingo (19), a empresa de água e esgoto, Saae, recomendou à população que consuma água com cautela. "Que a água seja utilizada para as necessidades básicas, de higiene, sendo que carros-pipa estarão à disposição das famílias para que seja feita a limpeza das casas".
A prefeitura também pediu aos munícipes que colaborassem com a doação de materiais de limpeza e de higiene pessoal para as vítimas das enchentes.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), esteve em Vargem Alta hoje acompanhando os trabalhos de limpeza e reconstrução. A previsão é que ele também visite Iconha, Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.