Após 4 mortes, bombeiros buscam desaparecido; chuva abre cratera na baixada
Resumo da notícia
- Bombeiros buscam um homem desaparecido em Queimados
- Ao todo, a chuva deixou quatro mortos na capital e baixada
- Em Mesquita, uma cratera se abriu em uma rua na comunidade da Chatuba
- Capital completou mais de 36 horas em estágio de alerta
A chuva que atinge o Rio de Janeiro e municípios da região metropolitana desde a noite de sábado (29) deixou ao menos quatro mortos e um rastro de destruição. Bombeiros fizeram buscas por um desaparecido em Queimados, na Baixada Fluminense. Às 18h05 de hoje, a capital seguia em estado de alerta, com previsão de chuva moderada a forte —com isso, o Rio completa mais de 36 horas em alerta.
O Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas pelo homem desaparecido em Queimados na tarde de hoje. A previsão da corporação é que elas sejam retomadas na manhã desta terça-feira (3).
Em Mesquita, município da Baixada Fluminense que registrou uma morte, o asfalto se rompeu na comunidade da Chatuba, abrindo uma grande cratera na rua Coronel França Leite na madrugada de ontem. De acordo com lideranças locais, a estimativa é de 150 pessoas desalojadas.
A Prefeitura de Mesquita informou que a área estava isolada há mais de uma semana e que os tapumes foram levados pela água. "A Defesa Civil já isolou a área novamente e vistoriará os imóveis, para atestar qualquer risco nos mesmos."
Presidente da Associação de Moradores do bairro da Chatuba, João Paulo Bastos diz que, desde 1989, a região não tem uma enchente de consequências tão graves.
"Desde sábado, a impressão que temos é a de que não vai parar de chover. Parece que o bairro inteiro vai ser dragado. Temos nos desdobrado, com a ajuda de ONGs parceiras e voluntários, para dar assistência às famílias desalojadas."
A Seeduc (Secretaria Estadual de Educação) informou hoje que mais de 40 escolas na Grande Rio não funcionarão hoje em razão das fortes chuvas.
A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil da cidade do Rio recebeu desde a noite de sábado 349 chamados, sendo os principais por desabamento de estrutura (121), deslizamento de barreiras e encostas (79), ameaça de desabamento de estrutura (63) e imóveis com rachadura e infiltração (31).
Os bairros mais afetados são Realengo, Taquara, Campo Grande, Bangu e Deodoro, todos na zona oeste, e Tijuca, na zona norte.
Na cidade do Rio, foram acionadas 30 sirenes em 16 das 103 comunidades de alto risco geológico do município entre 23h44 de sábado e 13h07 de domingo (1º). São elas: Rocinha, Alemão, Joaquim de Queiroz, Morro da Fé, Rua Frey Gaspar, Nova Brasília, Palmeiras, Parque Alvorada, Cariri, Vila Cruzeiro, Rua Mirá, Adeus, Piancó, Sítio Pai João, Comandante Luiz Souto e Espírito Santo.
A capital fluminense entrou em estágio de alerta à 0h20 de ontem. O estágio de alerta é o quarto nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade.
Meriti, Magé e Nova Iguaçu
A Prefeitura de São João de Meriti, informou que a cidade, localizada na baixada, entrou em estágio de alerta máximo às 11h50 de ontem e às 12h08 todas as sirenes foram acionadas. Sete edificações foram interditadas devido ao risco de deslizamento de encosta, sendo seis no bairro Jardim Metrópole e uma no bairro Venda Velha. Quatro famílias estão desalojadas.
Em Magé, na baixada, a Defesa Civil interditou casas em áreas de risco. Um imóvel no bairro Lagoa desabou após o deslizamento de um morro —dois moradores foram retirados dos escombros e levados para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Eles não apresentam fraturas e estão em estado estável.
Segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, a cidade registrou o maior volume pluviométrico acumulado em fevereiro desde 2008, com 331 mm —seis imóveis foram desocupados e há 23 desalojados e um desabrigado. No bairro de Austin, o deslizamento de uma encosta atingiu uma casa (não houve feridos).
Prefeitura do Rio recomenda ficar em local seguro
Por causa do estado de alerta e da possibilidade de novos temporais, o Centro de Operações do Rio recomenda que a população remarque compromissos e permaneça em local seguro. Veja as recomendações do órgão:
- Adie compromissos
- Permaneça em local seguro
- Só se desloque se estiver em área de risco ou em caso de extrema necessidade
- Ofereça abrigo a amigos e familiares
Em casos de alagamentos:
- Redobre a atenção ao dirigir e mantenha os faróis acessos
- Permaneça em local seguro e evite áreas com alagamentos
- Não caminhe pelas águas, pois há perigo de correnteza e de ferimentos com objetos, quedas em buracos sob a água, além de risco de doenças
- Não fique próximo à beira de córregos e rios
- Nunca force a passagem de carros em vias alagadas
*Com informações da Agência Brasil
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