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Braço-direito de Marcola chega a presídio federal

Policiais e oficiais da FAB usaram máscaras contra coronavírus na operação - Divulgação/MJ
Policiais e oficiais da FAB usaram máscaras contra coronavírus na operação Imagem: Divulgação/MJ

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

19/04/2020 16h43

O criminoso mais procurado do Brasil e braço-direito do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Camacho, o "Marcola", chegou a um presídio federal, informou o Ministério da Justiça neste domingo (19). Gilberto Aparecido dos Santos, 49 anos, o "Fuminho" foi preso em Moçambique, na África, há pelo menos seis dias. Ele estava foragido há 21 anos.

Os agentes que trouxeram Fuminho de avião vieram usando máscaras por causa de pandemia de coronavírus. Segundo a Polícia Federal, as autoridades de Moçambique expediram mandado de expulsão e, assim, foi possível trazê-lo para o Brasil, com apoio da Força Aérea Brasileira.

"A missão deixa claro, aos criminosos nacionais ou estrangeiros que utilizarem o Brasil para perpetrar seus crimes, que não há local seguro para se ocultarem às sanções pelos crimes cometidos", informou a polícia em nota hoje.

Segundo o Ministério da Justiça, Fuminho fazia tráfico de drogas e assaltou empresas instituições financeiras e grandes empresas de transporte. Também financiou a fuga de integrantes de organizações criminosas.

Como mostrou o UOL, Fuminho é amigo de infância de Marcola, que está detido no presídio federal de Brasília. O Ministério da Justiça e a PF não informaram qual penitenciária abriga o criminoso trazido de Moçambique.

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo consideram Gilberto Santos um dos principais braços-diretos do líder do PCC.

Apesar de ser aliado do chefe da facção, investigadores e pesquisadores apontam que Fuminho não é integrante dela mas apenas "sócio". Gilberto Santos fugiu da prisão em 1998, no mesmo dia que Marcola também saiu da cadeia. Ele se abrigou no Paraguai e na Bolívia.