RJ: polícia acha farda da PM e fuzis em carro de suspeito de matar policial
Resumo da notícia
- Disque Denúncia oferece R$ 1 mil por informações sobre suspeito
- Secretário é acusado de envolvimento em outro assassinato
- Segundo a polícia, ele integra o bonde do Ecko, maior milícia do país
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou dois fuzis, uma granada e uma farda da PM-RJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) no carro usado por Ronaldo Marinho Costa, conhecido como Secretário. Ele é suspeito de matar o policial civil Rodrigo Guadagno dos Santos, 31, baleado no pescoço ontem (12) à noite, em uma ação em área dominada pela maior milícia do país em Santa Cruz, na zona oeste carioca.
Após ser identificado por agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção da Polícia Civil, o suspeito de integrar a milícia saiu do veículo atirando e fugiu em uma área de mata. O Disque Denúncia, entidade privada sem fins lucrativos, oferece recompensa de R$ 1.000 por informações sobre o seu paradeiro.
Secretário tem mandados de prisão pendentes pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa. Ele é acusado de ter matado um homem com outros dois comparsas na favela de Antares, em Santa Cruz, em plena luz do dia em 2018. Em seguida, segundo o inquérito, o corpo da vítima foi colocado em um veículo. O cadáver foi encontrado meses depois, no mar de Sepetiba, também na zona oeste carioca.
Segundo a polícia, ele integra a antiga Liga da Justiça. A quadrilha é chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que faz parte da lista dos criminosos mais procurados do país divulgada em janeiro pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta então comandada pelo ex-juiz Sergio Moro.
Tiro acima do colete à prova de balas
Rodrigo Guadagno dos Santos foi baleado quando estava na divisa entre as favelas do Aço e Antares, dominadas pela milícia. De acordo com a polícia, equipes faziam uma abordagem ao veículo do criminoso. Entretanto, ele desceu do carro atirando e fugiu. Um dos disparos atingiu o pescoço de Rodrigo, acima do colete à prova de balas. O agente tinha acabado de desembarcar da viatura.
O policial chegou a ser levado ao Hospital Pedro 2º, em Santa Cruz, mas morreu. Na ação, os agentes apreenderam dois fuzis, uma granada, um carro roubado e até a farda da PM-RJ.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que faz buscas para prendê-lo. Policiais que estavam na ação prestaram depoimento.
Policial integrava grupo que investigava a milícia
O policial integrava uma das equipes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, que investigava a milícia.
"Foi uma ação de abordagem planejada, que resultou em uma situação trágica. Perdemos um colega excelente. Mas vamos continuar nesse enfrentamento ao crime organizado", disse a delegada Patrícia Alemany, titular do departamento onde Rodrigo atuava.
A especializada prendeu há três semanas um miliciano responsável pela movimentação de R$ 191 milhões após formar um cartel do fornecimento de gás em Nova Iguaçu (RJ).
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