Reabertura em SP começa nesta segunda; veja o que muda na quarentena
A partir desta segunda-feira (1º), começa a valer o plano de flexibilização da quarentena anunciado pelo governo do estado de São Paulo. Cada região do estado terá um tipo distinto de liberação. Caberá, porém, às prefeituras definir como será essa reabertura dentro da fase de flexibilização liberada pelo governo estadual.
Na capital paulista, por exemplo, nada muda por enquanto. A quarentena foi estendida até 15 de junho e só os serviços essenciais, como supermercado e farmácias, continuam funcionando.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) deu o recado: "na cidade, nada reabre a partir de 1º de junho". Ele indicou que, a partir de hoje, serão avaliados os casos de cada setor a partir do envio de um protocolo de segurança, o qual precisará ser aprovado pela Vigilância Sanitária.
Na Grande São Paulo, a ordem é manter tudo fechado. Já no interior, algumas atividades poderão ser retomadas.
A medida do governo estadual prevê cinco etapas de flexibilização. Elas foram divididas por cores definidas pela Secretaria Estadual da Saúde. O UOL responde as principais perguntas sobre que muda a partir do dia 1º:
Quais são as etapas de flexibilização?
- Vermelho, alerta máximo: Liberação apenas de serviços essenciais devido ao alto risco de contaminação;
- Laranja, controle: Fase de atenção. Início da flexibilização de setores com baixo risco para a saúde;
- Amarelo, flexibilização: Começa a abertura também controlada de um número maior de atividades;
- Verde, abertura parcial: Flexibilização abrange outros ramos, mas ainda com restrições;
- Azul, normal controlado: Todas as atividades têm permissão para funcionar, mas com medidas de distanciamento e higiene.
A cidade de São Paulo vai sair da quarentena?
Ainda não. Ela foi classificada na fase laranja, de controle. Nela, é permitida a abertura dos seguintes ramos:
- Atividades imobiliárias;
- Escritórios;
- Concessionárias;
- Comércio;
- Shopping center.
Acontece que o prefeito Covas avisou que a abertura não ocorrerá na segunda. A partir do dia 1º, os setores econômicos interessados em reabrir terão de enviar propostas que serão avaliadas pela Vigilância Sanitária.
"Só serão liberados na cidade a partir da assinatura do protocolo com a prefeitura", afirmou Covas. "E, assim que [as propostas forem] referendadas, os setores vão poder reabrir na cidade."
A Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), por exemplo, diz que "já criou um protocolo de recomendações junto à área de Consultoria do Sírio-Libanês com o objetivo de orientar os estabelecimentos para este momento de reabertura".
"São mais de 20 medidas que visam, dentre outras iniciativas, ao reforço na higienização e de proteção para todos os visitantes dos empreendimentos."
O que será preciso apresentar para conseguir a autorização?
- Protocolos de saúde, higiene e testagem;
- Regras de autorregulação para fiscalização desses protocolos;
- Política de comunicação para proteção de consumidores e funcionários.
E como fica a Grande São Paulo?
A Grande São Paulo, a Baixada Santista e a região de Registro estão na fase 1, Vermelha. Nessa classificação, a quarentena se mantém como está, quando apenas serviços essenciais, construção civil e a indústria não essencial podem funcionar.
E no interior, quando a abertura começa?
Também na fase laranja, mas sem as exigências de protocolo como na capital, a maior parte do interior poderá reabrir no dia 1º os cinco setores listados acima.
É o caso de Araçatuba, Franca, Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté, além dos municípios satélites dessas cidades-polo.
Em Campinas, a quarentena foi prorrogada até o dia 7 de junho.
Já outras cidades estão na fase 3, amarela. Além dos ramos de atividades listadas na fase laranja, poderão reabrir salões de beleza, bares, restaurantes e similares.
Estão nessa lista Bauru, Presidente Prudente, Araraquara, São Carlos e Barretos, além dos municípios vizinhos a elas.
Quando minha região mudará de fase?
O governo do estado afirma que uma região precisa esperar de 14 dias para que sua classificação seja reavaliada.
Como o governo classifica cada localidade?
O governo levou em consideração diversos critérios, como taxa de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e leitos para cada 100 mil habitantes. Tais indicadores são avaliados em conjunto com dados de casos, internações e mortes por covid-19. O peso de cada indicador, no entanto, não foi revelado.
Ainda preciso usar máscara?
Sim. Quando anunciou a flexibilização da quarentena, o governador João Doria (PSDB) condicionou a medida ao uso obrigatório da máscara.
"Ela [a flexibilização] será possível nas cidades que tiverem redução consistente do número de casos, disponibilidade de leitos em seus hospitais públicos e privados e estiverem obedecendo o distanciamento social nos ambientes públicos, além da disseminação e do uso obrigatório de máscaras", afirmou.
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