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Ceará antecipa fim da suspensão de 199 policiais envolvidos em motim

Policiais fecharam acesso a batalhões estacionando viaturas na porta durante motim - Reprodução
Policiais fecharam acesso a batalhões estacionando viaturas na porta durante motim Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

09/06/2020 09h36Atualizada em 09/06/2020 13h20

O governo do Ceará decidiu antecipar a volta às funções de boa parte dos policiais militares suspensos pelo motim realizado no estado no início do ano. Por meio de decisão do CGD (Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário), 199 dos 230 profissionais tiveram seu afastamento revogados.

A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), mas consta da edição da última quarta-feira (03) do boletim interno do Comando Geral da PM cearense. Também fica determinado que sejam "devolvidas as identificações funcionais, armas, algemas ou qualquer outro instrumento funcional retido".

Os policiais haviam sido afastados preventivamente por quatro meses em decisões publicadas no DOE em 18 e 23 de fevereiro. Portanto, as punições foram revogadas mais de duas semanas antes do fim do período punitivo.

O motim dos policiais militares no Ceará durou 13 dias, de 18 de fevereiro a 1º de março. Os profissionais permaneceram amotinados nos batalhões como forma de reivindicar uma mudança na proposta de restruturação da carreira dos militares.

Com o policiamento seriamente afetado, o movimento resultou em um clima de insegurança da população no estado. Além disso, segundo a Polícia Civil, os roubos e a disputa de facções por território aumentaram, assim como acertos de conta e ações de grupos de extermínio.

Antes de um acordo dos policiais com o governo estadual para encerrar o motim, um episódio com o senador Cid Gomes (PDT) marcou as manifestações, ainda no início do movimento. Cid tentou furar um bloqueio dos amotinados com uma retroescavadeira e foi atingido por dois tiros.