PF cumpre mandados contra auditores por esquema ilegal de câmbio no Rio
Policiais federais cumprem hoje mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra dois auditores da receita estadual do Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de movimentar altas quantias por meio de operações ilegais de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira). Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.
A ação, um desdobramento da Operação Lava Jato, acontece nas cidades do Rio de Janeiro e em São José dos Campos (SP).
Na casa de um dos auditores, na Barra da Tijuca, no Rio, foram apreendidos cerca de R$ 37.750,00.
Os auditores são investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Eles teriam feito remessas em valores superiores a R$ 20 milhões em um esquema que tinha ajuda de doleiros.
As investigações concluíram que a dupla constituiu offshores nas Ilhas Virgens Britânicas, no Panamá, e em Belize, e abriu contas bancárias em diversos países. Os valores em espécie eram entregues a doleiros no Brasil, para a remessa para as contas mantidas pelos auditores no exterior.
Além do cumprimento dos pedidos de busca e apreensão e prisões, a Lava Jato pediu também o sequestro dos bens dos envolvidos.
A operação de hoje, chamada Recorrência, é um desdobramento da Câmbio Desligo, deflagrada em 2018, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo doleiros em um esquema de corrupção durante o governo de Sérgio Cabral.
Os auditores, segundo a PF, "integravam um braço na Secretaria de Fazenda da organização criminosa chefiada pelo ex-governador e atuaram durante anos em detrimento do Estado do Rio de Janeiro".
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