Caso Miguel: ex-patroa 'simulou' apertar botão do elevador, diz advogado
O advogado de Sari Corte Real, Pedro Avelino, afirmou hoje para a TV Globo que a ex-patroa da doméstica Mirtes Souza, mãe de Miguel Otávio, disse ontem ao delegado do caso ter "simulado" apertar o botão do elevador utilizado pelo menino. Miguel caiu do 9º andar de um prédio de luxo no Recife no dia 2 de junho.
A perícia analisou que a queda foi de uma altura de 35 metros. Sari, que é primeira-dama da cidade de Tamandaré, é suspeita de homicídio culposo e chegou a ser presa, mas foi liberada após pagamento de fiança.
As câmeras de segurança do condomínio registraram Sari e Miguel na entrada do elevador de serviço. Já sozinho no elevador, o menino aparece depois nos andares mais altos do prédio.
O advogado ainda disse para a emissora que a simulação de sua cliente foi para tentar convencer Miguel a sair do elevador, já que em outras seis vezes ele entrou e saiu.
Pedro Avelino afirmou que sua cliente disse ser solidária a Mirtes, mas que não é responsável pela morte de Miguel.
O caso
A morte do menino Miguel vem gerando protestos de familiares, amigos e de entidades que criticam a forma como a criança foi tratada pela patroa da mãe dele.
O menino se desesperou porque a empregada doméstica saiu sem levá-lo e quis ir atrás. Ele entrou quatro vezes em um dos elevadores do prédio que Sarí e família moram e foi retirado por ela. Mas, na quinta vez, a patroa deixou o menino dentro do elevador, apertou o botão da cobertura e liberou a porta do equipamento.
Enquanto isso, o menino apertou, aleatoriamente, outros botões do elevador. Ele desceu no 9º andar, abriu uma porta, caiu da sacada e morreu.
Ao voltar ao prédio, Mirtes se deparou com o filho caído no térreo. Ela disse que a criança ainda estava viva, mas com olhar fixo. O socorro do menino ocorreu no carro da patroa de Mirtes, pois moradores acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas um morador que é médico afirmou que o menino deveria ser socorrido imediatamente. O Samu chegou cinco minutos depois.
Sarí Corte Real chegou a ser presa pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), depois que a Polícia Civil de Pernambuco analisou imagens do circuito interno do condomínio e viu que ela deixou a criança sozinha no elevador. A primeira-dama pagou a fiança de R$ 20 mil e foi liberada para responder pelo crime em liberdade.
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