Pai de piloto morto em São Paulo diz que reconheceu avião ao ver acidente
O pai do piloto Paulo de Magalhães Pereira, de 48 anos, que morreu na noite de ontem depois de uma aeronave de pequeno porte cair e pegar fogo na Avenida Braz Leme, próximo ao ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, disse que reconheceu o avião ao ver o acidente.
"Quando eu olhei (o acidente), conheci o avião, falei: 'é ele' e saí correndo pra cá. Tinha as carteiras todas em dia, exame de saúde em dia, estava contente", contou Luiz Antonio Silva Pereira à emissora Globonews.
Paulo estava sozinho na aeronave. Nesta manhã, peritos estiveram no local e a avenida seguia interditada no sentido bairro.
Acidente
A queda aconteceu quando o avião se preparava para pousar no aeroporto, pouco depois das 18h. Oito viaturas e 24 homens do Corpo de Bombeiros se dirigiram para a via, uma das avenidas mais movimentadas da zona norte da capital paulista.
No acidente, nenhum transeunte foi atingido, apesar de haver pessoas caminhando e pedalando no canteiro central.
Em nota ao UOL, a Infraero lamentou o acidente e informou que se tratava de um bimotor BE-58, prefixo PR-OFI, que partiu de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, e pousaria no Campo de Marte. A aeronave executiva tem capacidade para cinco passageiros mais o piloto.
"A aeronave, ao tentar fazer o pouso, apresentou problemas e acabou caindo na Avenida Braz Leme", explicou. Ainda de acordo com a Infraero, os bombeiros do Aeroporto Campo de Marte foram acionados às 18h14 para prestar os primeiros atendimentos.
Segundo registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o proprietário da aeronave é o empresário Renato Kazakevic.
O modelo, fabricado em 1975, foi comprado em 2016 e não tinha permissão para operar como táxi aéreo. Ao UOL, a Anac informou que a aeronave estava com a documentação em dia.
"As informações sobre as possíveis causas do acidente serão investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica", informou a agência.
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