Polícia da BA reproduz operação que terminou com a morte de Capitão Adriano
A operação que terminou com a morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, foi reproduzida na manhã de hoje (12) pelas polícias Civil e Técnica da Bahia, em um sítio da cidade de Esplanada, cerca de 170 km distante de Salvador.
A repetição da ação policial foi coordenada pelo DPT (Departamento de Polícia Técnica) da Bahia e teve a participação de cerca de 50 agentes. Foram 4 horas de reprodução das buscas, da localização e da abordagem ao miliciano.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os três militares envolvidos na ação, que ocorreu no dia 9 de fevereiro deste ano, também participaram da reprodução de hoje.
Eles mostraram como foi a tentativa de cumprir o mandado de prisão contra Nóbrega, mais conhecido como Capitão Adriano, a entrada no imóvel rural onde ele se escondia, o confronto com a polícia e a prestação de socorro.
O laudo da reprodução será enviado junto aos exames periciais que foram realizados no corpo do miliciano, assim como o colete balístico atingido no confronto e a análise feita no local.
"Desde o início, fomos transparentes sobre como ocorreu essa operação. Divulgamos depoimentos dos policiais e o laudo de necropsia. A reprodução simulada é mais uma maneira de esclarecer o caso e oferecer todos os subsídios à Polícia Civil para concluir o inquérito", afirmou, em nota, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.
Ainda conforme Barbosa, depois que inquérito for concluído, o resultado da investigação será divulgado e encaminhado aos órgãos responsáveis.
Nóbrega é ex-tenente do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro. A reprodução simulada de hoje foi executada após solicitação do Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) da Polícia Civil.
Morte do ex-tenente
A operação que terminou com a morte do ex-tenente do Bope em fevereiro foi alvo de uma disputa de versões.
A SSP informou que ele teria reagido com disparos de arma de fogo e foi baleado em seguida. Por outro lado, a defesa de Nóbrega questionou a versão oficial e sustentou que ele teria sido executado.
Nóbrega estava foragido pelo menos desde o início do ano passado, quando o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) solicitou a sua prisão, com a acusação de que ele comandava uma milícia e um grupo de extermínio ligado a ela que age na zona oeste da capital fluminense.
Uma reportagem da Revista Veja foi publicada em fevereiro com fotografias do ex-PM morto e avaliação de legistas que apontaram que ele teria morrido com tiro a curta distância.
A hipótese, no entanto, foi rechaçada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
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