Ibama multa em R$ 78 mil família e estudante picado por cobra naja no DF
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou R$ 78 mil em multas para a família do estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, que foi picado por um cobra naja no Distrito Federal.
De acordo com o instituto, o estudante vai responder pela criação de 16 cobras de maneira inadequada, sendo dez delas de espécies exóticas, de origem norte-americana, e outras seis nativas da Amazônia e do cerrado. Lehmkul foi multado em R$ 61 mil por maus-tratos e por manter as serpentes em cativeiro sem autorização.
Além do estudante, a mãe e o padrasto dele também receberão multas no valor de R$ 8,5 mil cada um, por terem dificultado a ação de resgate da cobra naja, segundo o Ibama,
Outras pessoas envolvidas com o caso foram alvos de sanções do Ibama. O dono do espaço onde a Polícia Militar do DF descobriu as cobras após denúncias será multado em R$ 68 mil.
Um amigo do estudante, que também responde por ligação com o suposto esquema de criação das serpentes e é apontado pelo instituto como outra pessoa que dificultou as ações das autoridades, vai ser autuado em R$ 81,3 mil.
Mais de R$ 300 mil em multas
O caso deu origem a outras operações do Ibama, que informou ter aplicado multas que somam mais de R$ 300 mil nos últimos dias. Mas também houve um caso de uma mulher em Samambaia (DF) que entregou uma cobra jiboia de maneira voluntária. Por ter feito de maneira espontânea, ela ficou livre de penalizações.
O Ibama informou que os animais apreendidos foram encaminhados ao Zoológico de Brasília, passaram por exames clínicos e estão sob quarentena. O órgão vai fazer uma consulta a instituições habilitadas para verificar quem tem interesse em recebê-los, citando como exemplo o Instituto Butantan, em São Paulo, e reforçou que não tem a intenção de sacrificar esses animais.
Estudante já recebeu alta
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul recebeu alta do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama (DF), na tarde de segunda-feira (13). Para evitar contato com a imprensa, o jovem e a família saíram pela garagem da unidade.
Na ocasião, o UOL apurou que o rapaz, que foi picado por uma cobra naja na última terça-feira (07), ainda não estava plenamente recuperado.
"[Ele está] Meio fraco e desestabilizado, mas fora de perigo e vai continuar se cuidando e tomando os medicamentos em casa", disse um familiar de Lehmkul, que preferiu não se identificar.
A expectativa dos médicos era que Pedro recebesse alta apenas na quarta-feira (15). Porém, a família pediu que a liberação fosse antecipada. O jovem chegou a ficar em coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno veio do Instituto Butantan, em São Paulo. As últimas doses do estoque foram encaminhadas exclusivamente para o estudante. Os pais do jovem chegaram a importar mais 10 unidades do soro dos Estados Unidos e encaminharam ao hospital. Como nem todas foram usadas, a família doou o material para o Instituto Butantan.
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