Justiça da Inglaterra começa hoje julgamento da tragédia de Mariana
O Centro de Justiça Civil de Manchester, na Inglaterra, começa hoje a julgar uma ação indenizatória sobre a tragédia de Mariana, ocorrida após o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015. Na ocasião, 19 pessoas morreram e mais de 200 ficaram desabrigadas.
A Justiça inglesa analisa se cabe continuar a tramitação da ação na corte do país ou se processos do caso se limitam ao Brasil. A empresa BHP Billiton, de origem britânica, era uma das acionistas da Samarco, junto com a mineradora Vale.
O escritório que representa mais de 200 mil atingidos e 20 prefeituras, além de empresas, a igreja católica e a comunidade indígena Krenak é quem fez o pedido da ação de reparo aos envolvidos.
A indenização pedida pela parte é de 5 bilhões de libras — o que daria cerca de R$ 32 bilhões. Parte seria destinada para a Prefeitura de Mariana.
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior (Cidadania), e o de Rio Doce, Silvério da Luz (PT), estão na cidade de Manchester para acompanhar o processo.
"Não somos signatários do Termo Transacionado de Ajustamento de Condutas" disse Duarte, referindo-se ao documento que criou a Fundação Renova para executar as reparações, indenizações e reconstruções.
"Tudo quem decide é o conselho da Renova. Só que foi essa a nossa sorte, pois isso nos deixou livres para ingressar na ação do Reino Unido", completou em entrevista ao jornal Estado de Minas.
Segundo o veículo, o processo pode ocorrer dentro de oito dias. Nos três primeiros, a defesa da empresa apresentará suas argumentações e em outros três será a vez do lado brasileiro. A decisão ocorrerá dois dias depois.
Se o juiz decidir favoravelmente para a empresa inglesa, cabe recurso. Caso ele decida que o julgamento deve prosseguir, a BHP pode fazer um acordo com os advogados do escritório que representa os atingidos.
Ainda, se o acordo não for apresentado ou a defesa negar um acordo, o processo segue até o juiz proferir uma decisão sobre.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.