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PM é preso em flagrante após matar motociclista com tiro nas costas

Do UOL, em São Paulo

26/07/2020 08h57

Um policial militar foi preso em flagrante na madrugada deste sábado (25) na zona leste de São Paulo após atirar em um motociclista pelas costas. O homem chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal Tide Setúbal, também na zona leste da capital, mas não resistiu e morreu.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, o homem conduzia uma motocicleta que havia sido roubada horas antes e foi reconhecido pelo proprietário do veículo como autor do roubo.

Imagens de uma câmera de um estabelecimento comercial mostram o motociclista passando em alta velocidade pela rua e, depois, voltando pela mesma via. O motociclista se desequilibra, e atrás dele surge um policial militar fardado, a pé, já com a arma em punho. O PM persegue a moto e atira nas costas do motociclista. No momento do disparo, a moto já estava parada e o homem, ainda com as duas mãos no guidão, se preparava para descer do veículo.

O vídeo mostra ainda que, pouco depois do disparo, pelo menos cinco carros da Polícia Militar chegam ao local. Ao fundo, é possível ver um muro pintado com as cores da PM e os dizeres "Polícia", indicando que o local pode ser um Batalhão.

Em nota, a SSP informou que o caso está sendo registrado no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que prosseguirá com as investigações. Ainda de acordo com a SSP, a PM instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) e trabalha no esclarecimento dos fatos. O UOL tenta localizar a defesa do PM.

Letalidade policial bate recorde em SP

De janeiro a junho de 2020, as polícias civil e militar de São Paulo mataram, juntas, 514 pessoas em supostos tiroteios, durante o serviço e também durante a folga, de janeiro a junho. É o maior número da série histórica do governo paulista, que iniciou em 2001.

Os dados foram divulgados na sexta (24) pela SSP. De acordo com a secretaria, no mesmo período, 28 policiais foram assassinados, mesmo índice registrado em 2018.