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Morador que jogou gás em trabalhadores de obra diz que não cometeu crime

Imagens de câmera de segurança mostram o morador Wilson Moreira da Costa Júnior pouco antes de entrar no elevador para atacar trabalhadores de uma obra, em SP, com um spray de pimenta   - Reprodução/TV Globo
Imagens de câmera de segurança mostram o morador Wilson Moreira da Costa Júnior pouco antes de entrar no elevador para atacar trabalhadores de uma obra, em SP, com um spray de pimenta Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 08h54Atualizada em 17/08/2020 14h01

O morador, Wilson Moreira da Costa Júnior, de 69 anos, afirmou que não cometeu crime ao atacar operários de uma obra em seu prédio com gás de pimenta. "O que eu fiz não foi um crime. Foi uma atitude em resposta a outra atitude", disse ele em entrevista ao Fantástico.

O caso aconteceu no início da semana em São Paulo, no bairro dos Jardins. A polícia apreendeu dois frascos de spray de pimenta no apartamento de Wilson e está investigando o caso. Ele pode responder por colocar em risco a saúde de terceiros e por crime de lesão corporal.

"Comprei um gás de pimenta nos Estados Unidos para defesa pessoal. Bati na porta várias vezes. Nenhum pedreiro abriu a porta. Aí eu joguei o gás embaixo da porta pra ver se pararia com aquela barulheira que estava me deixando maluco. O gás que eu utilizei não era um gás contagioso, nem um gás que produzia qualquer efeito de intoxicação", disse ele em entrevista por telefone ao programa.

Imagens do circuito de segurança do prédio divulgadas ontem pelo programa mostram o momento em que Wilson entra no elevador com um frasco de gás de pimenta. Ele vai ao 17º andar, onde a obra está sendo realizada, e cobre uma das câmeras do corredor. No entanto, outra câmera o mostra indo em direção ao apartamento.

Segundo os operários, ele jogou o spray por baixo da porta. Quatro funcionários tiveram reações ao produto e precisaram de atendimento médico. Ainda segundo eles, essa não foi a primeira vez que o morador fez algo contra a obra. Wilson já teria colado a porta do apartamento, de acordo com os relatos.

"Antes de ocorrer o problema do gás, eu fui até o apartamento e bati na porta. Os pedreiros não abriram a porta. Martelei a fechadura pra ver se abria a porta para parar com o barulho", disse Wilson.

O morador afirmou ainda que fez várias reclamações sobre a obra. "Eu escrevi no livro do prédio contra a reforma. Fui duas vezes na delegacia reclamar da reforma. Eu gostaria que a reforma seguisse o roteiro dela, porém, das 10h às 17h. Não de 9h às 18h".