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GO: entidade que coordena Santuário de Trindade é alvo do MP por desvios

Agentes e promotores do MP realizam busca e apreensão na sede da Afipe, em Goiânia. Organização religiosa é suspeita de lavagem de dinheiro - Ministério Público de Goiás
Agentes e promotores do MP realizam busca e apreensão na sede da Afipe, em Goiânia. Organização religiosa é suspeita de lavagem de dinheiro Imagem: Ministério Público de Goiás

Do UOL, em São Paulo

21/08/2020 10h59Atualizada em 21/08/2020 14h38

O MP-GO (Ministério Público do Estado de Goiás) deflagrou na manhã de hoje a Operação Vendilhões, que investiga suposta organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal envolvendo diretores da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na sede das associações, empresas e residências em Goiânia e em Trindade. Foram encontradas quantias em dinheiro nos locais das buscas e apreensões, cujo valor ainda está sendo contabilizado.

Um dos envolvidos nas irregularidades seria o padre Robson de Oliveira, que coordena a Afipe. A entidade administra o Santuário Basílica de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, e o padre é reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. A cidade é conhecida como a "capital da fé" em Goiás.

Segundo informações do MP-GO, a associação teria desviado verbas para outros fins que não o das obras e manutenção do santuário, entre outras atividades da entidade.

O UOL tentou contato com a Afipe por telefone e também por email, mas ainda não teve retorno.

A operação investiga também a Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro e a Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, ambas administradas pela Afipe. Os mandados foram expedidos pela juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais.

A investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) teve início em 2018 quando recebeu um inquérito do Poder Judiciário em que o presidente da Afipe, o padre Oliveira, após ser vítima de extorsão, teria utilizado indevidamente recursos provenientes de contas das associações que preside.

*Com Estadão Conteúdo